O Deserto e o Tempo - Link x leitora.

Templo das sombras

POV: LINK.

Ao tocar a canção Nocturne of Shadows, que foi ensinada por Sheik, sua magia nos levou para uma fenda na parte superior do cemitério, a entrada do Templo. Ao entrar, já nos deparamos com uma escadaria, que ao descer por lá vimos no começo tochas apagadas, todas organizadas em um círculo. No centro, um pequeno relevo no chão, como se tivesse sido posto de propósito ali, caminhei até lá enquanto olhava o chão empoeirado, esse lugar certamente não é muito visitado.

Ao olhar para frente, pude notar o símbolo dos Sheikah marcado em uma das "paredes". Avancei ali, tocando o símbolo com a palma das minhas mãos e percebendo que não se tratava de uma parede comum.

Link: - Essa seria a porta para o Templo? - Perguntei olhando para Navi, que veio aonde eu estava, encostando-se naquela superfície, ficando da cor verde.

Navi: - É sim! Mas é necessário abri-la. Quem sabe se acender todas as tochas, a porta revele a verdadeira entrada? - Ouvindo seu comentário, procurei pelo Fogo de Din em meus ítens. Com ele em mãos, fiquei em pé naquele pequeno piso de pedra cilíndrico, a maneira que eu mais achava prático era causar um impacto, chocando-o contra o chão. O fogo espalhou-se, acendendo todas as tochas ao mesmo tempo.

Um barulho de algo se arrastando invadiu o lugar, a porta estava se abrindo, levantando para cima.

(S/n): - Hoje você até pensou rápido, Link. - Esboçou um sorriso de aprovação. - Vamos ver o que nos espera lá dentro.

Link: - Com certeza não é coisa boa, só esse cheiro de crisântemo está me deixando aflito.

(S/n): - Esse tipo de flor é bastante usada em velórios ou enterros, embora eu não esteja sentindo esse cheiro, eu acho que você está tendo alucinações sobrenaturais, Link. - Comentou enquanto andávamos em caminho reto pelo corredor escuro. - Tem medo de fantasmas?

Link: - Fantasmas? Claro que não, bem, se os fantasmas daqui forem os Poes com certeza eu não tenho medo deles. - Poes eram fantasmas pequenos, só são perigosos se você estiver muito perto deles.

(S/n): - Esses são os inimigos mais fáceis, eu acho. Me refiro a espíritos, espíritos de pessoas... será que tem almas penadas aqui?

Link: - Credo, eu espero que não. - Penso em como seria frustrante lidar com algo que não é possível ver. Na sala que descobrimos ao passar pelo corredor, o ambiente era um pouco estranho. Uma espécie de quadros perfeitamente organizados nas paredes, com um desenho estranho e grotesco. Tinha vários deles ali. (S/n) analisava uma estrutura que em seu lado possuía o símbolo dos Gerudos. Ao redor da estrutura, estacas de madeira com crânios em seu topo.

(S/n): - "Faça meu bico encarar a caveira da verdade" - É o que está escrito aqui. - Olhei para ela um instante, antes de olhar algo a mais que me chamou a atenção. - Talvez se eu empurrar assim... - Murmurou, empurrando a estrutura com suas duas mãos.

Link: - Acho melhor você não fazer isso, nós nem sabemos qual é a caveira da verdade, (S/n). Isso pode ser perigoso. - Olhei para ela novamente, quando o chão começou a estremecer e uma enorme abertura abriu, em um imenso abismo, do qual ela caiu lá. Ouvi o som de seu grito de desespero, imediatamente corri para tentar ajudá-la, mas antes que eu chegasse perto, o chão se fechou. - Não... - Ajoelhei-me no chão, tocando-do com minhas mãos, deitei-me sobre ele tentando pelo menos ouvir o som de seu corpo batendo no chão, mas eu não ouvia nada além de um grande silêncio. - ... - Quando me dei conta do que havia acontecido, eu não pude conter minhas lágrimas. Aquilo não tinha mais volta, provavelmente essa era uma das armadilhas mortais que Roy havia falado comigo.

Completamente angustiado, sinto o nervosismo e o desespero percorrer o meu corpo. - Isso não pode estar acontecendo... - Me recusava a acreditar que aquilo não tinha jeito de resolver.