Bongo-Bongo

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Sheik havia chegado no Templo das Sombras, ele já conhecia aquele lugar, conhecia todas suas armadilhas e obstáculos existentes, tudo que poderia prejudicá-lo, afinal, ele é um Sheikah, conhece o Templo como a palma de sua mão. Os inimigos existentes não foram problemas para o garoto, a espada emprestada pelo Goron gigante causava um dano extremamente significativo contra as criaturas malignas de Ganondorf.

Ele também possuía bastante conhecimento de Impa sobre a criatura sombria, o monstro que estava assombrando o Templo e a origem do incêndio em Kakariko Village, ele sabia que para poder vê-lo precisaria de um dos tesouros mais valiosos para o Sheikah traidor em seu período vivo: as lentes da verdade. O objeto mágico ele tinha em suas mãos, como uma lupa de detetive que podia distinguir o real da ilusão, coisas escondidas e muito mais.

A maior técnica de bongo-bongo era deixar seu adversário confuso, expondo apenas suas mãos e escondendo sua outra metade assustadora.

Com as botas flutuantes em seus pés, ele pulou no buraco que levava ao calabouço de Bongo-Bongo, caindo em uma queda alta, mas o imenso tambor tomava parte do ambiente, como se fosse uma arena de luta. Ao redor não havia mais nada, somente algo esverdeado no chão, como se fosse lava.

Encarando as mãos flutuantes da besta maligna das sombras, ele mirou o seu arco simples, atirando uma flecha em uma delas, a mão balançou-se atordoada, o garoto tentou ganhar tempo para atingir a outra que se aproximava dele, mas aquela mão o atingiu, derrubando ele em cima daquele tambor, caindo com seu corpo de bruços. As mãos de bongo-bongo insistiam em continuar batendo, em um ritmo que criava uma melodia estranha, a voz grave do monstro também era possível ouvir, como se ele estivesse cantando, se divertindo. As palavras abafadas e quase inaudíveis, não pareciam ser frases soltas, ele parecia estar pedindo por algo. Era difícil para Sheik conseguir levantar, as batidas no tambor fazem ele perder o equilíbrio e eventualmente pular, houve um determinado momento em que a criatura distanciou-se, assim ele pôde se levantar.

Seu coração estava acelerado, batendo contra seu peito, como se a qualquer momento fosse sair de lá. Sheik alojou as lentes da verdade em sua máscara, fazendo elas ficarem constantemente presas em seu olho, fazendo com que ele pudesse ver o resto do corpo do monstro por completo, as mãos dele não estavam presas ao seu corpo, porém ele tinha total controle sobre elas.

Seu tronco era preso ao teto, não possuía cabeça, ao invés disso um pescoço aberto, com um grande olho vermelho e brilhante à mostra. Ao ver as lentes, Bongo-Bongo pareceu se entreter olhando Sheik, ele queria pegar para ele aquele ítem, ficou em êxtase! Como se teleportasse, apareceu atrás do jovem, levantando sua enorme mão para bater nele mais uma vez, entretanto Sheik estando próximo o suficiente atordoou rapidamente com uma flecha atirada, a mão sacudiu-se em agonia, a outra veio ao encontro dele porém com sucesso ele pôde atirar nela também. Bongo-Bongo teve de apelar para ele mesmo ir até Sheik, deslocando-se até ele, o garoto fez o mesmo com seu imenso olho, perfurando-o com uma flechada.

O monstro caiu sob o chão, Sheik já sabia que seu ponto fraco era o olho destacável em meio ao seu corpo arroxeado, começando a golpear repetidas vezes com a grande espada que ele tinha em suas mãos. Ele conseguiu golpeá-lo por pelo três vezes, mas quando percebeu que ele se levantou novamente, pendurando-se no teto, se afastou para evitar frustrações como seu corpo ceder às batidas de Bongo-Bongo e quicar. Ele pareceu notar que o garoto descobriu sua fraqueza, começando a se mover mais rápido, gerando uma confusão em Sheik, entretanto, ele não se aproximava tanto, certamente via que ele era uma ameaça. Em passos contados, ele se aproximou de Bongo-Bongo outra vez, ele estava mais habilidoso, pôde atirar nas duas mãos dele antes que elas pudessem agir, como reação, o monstro avançou nele novamente com seu imenso olho aberto, mas que logo foi violado por outro golpe do arco. Caído ao próprio tambor, Sheik o atacou repetidamente, tantas vezes, porém o monstro escapou, reaparecendo em outro canto daquela região.

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