No baile celeste, o Sol fez seu pedido,
À Lua, sua amada, com amor não medido.
"Seja minha", ele disse, "e juntos brilharemos,
Neste universo vasto, eternamente seremos."
Mas a Lua, temerosa, em sua prata vestida,
Pensou no que aconteceria se desse sua vida.
"Sim", e o Sol explodiria, em alegria sem fim,
"Não", e ele se apagaria, tristeza tomaria seu brilho assim.
Então, sussurrou "Não sei", com voz suave e clara,
Para não escolher entre a escuridão e a rara
Chance de ver o Sol em sua plenitude,
Ou perdê-lo para sempre, em triste quietude.
E assim, Saturno observa, com seus anéis a girar,
Guardião dos votos que a Lua temeu falar.
Entre o sim e o não, ela escolheu esperar,
E o amor do Sol e da Lua continua a dançar.
