O Silêncio Revelador da Alma

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No silêncio noturno da alma, ecoam ombros pesados,
Palavras não expressas, mas susurros calados.
Sou feito de tempestades, lamentos em refrão,
Mas quando o silêncio sobrevém, meu ser alcança o ápice em vão.

Derramo lágrimas ocultas, reclamo sem som,
Engano com sorrisos, a loucura está no tom.
Mas quando a mudez impera, o silêncio assume o leme,
É o urro mudo, meu último poema teme.

No enlevo cacofônico que me constitui,
Existe um santuário onde o silêncio evoca arrepio,
Quando minhas palavras se esquivam, perdidas na escuridão,
É o chamado incisivo, meu coração reconhece a aflição.

Então, se em algum instante me avistares em silêncio reticente,
Sabe que é o clamor da minha alma, meu dormente lamento persistente.
O silêncio é a roupagem mais enigmática de meu ser,
Sinal de que desvendei, enfim, meu íntimo prevalecer.

Um Poeta Sem PoesiaOnde histórias criam vida. Descubra agora