Diálogos do Ser: Uma Parábola Pessoal

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Em silêncio, o poeta com sua alma conversa,
No espelho da mente, as parábolas submersas.
Não são contos de outrém, mas sementes suas,
Germinadas no íntimo, em terras nuas.

"Deixe ir," ele diz, "liberte o que não é seu,
Como o grão que cai na terra e morre,
Para que em abundância, novo fruto floresça,
E na despedida, uma nova saudação desponte."

Ele reflete sobre o lírio, não laborioso nem fia,
Mas que na simplicidade, a glória de Salomão desafia.
Assim, o poeta aprende a viver sem afã,
Na beleza do momento, na graça do divã.

"Perdoe," ele sussurra, "como o credor clemente,
Que cancela a dívida, com coração contente.
Ame sem medida, como quem não teme o fim,
Pois o amor é o elo eterno, o divino hino sem fim."

O poeta tece sua parábola, um diálogo interno,
Crescendo como a videira, em ramificações eterno.
Cada instante é precioso, uma história a contar,
No livro da vida, onde cada um tem seu lugar.

"Viva agora," ele clama, "sem o amargo do rancor,
Esvazie-se do mal, encha-se de ardor.
Abrace quem te estima, deixe a mágoa passar,
Pois cada respirar é um dom, um novo começar."

Assim, o poeta, em sua jornada solitária,
Descobre a parábola viva, a verdade primária.
Com cada pensamento, uma lição se desvela,
E na conversa consigo, a sabedoria é a centelha.

Um Poeta Sem PoesiaOnde histórias criam vida. Descubra agora