Entre Sonhos e Despertares

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Há momentos que nos fazem sentir
Que podemos tocar o infinito e sorrir,
Com ternura e alegria no coração,
Nos perdemos em um sonho sem contrição.

Os pássaros cantam no céu sem parar,
E os raios de sol iluminam o meu olhar,
Eu deito na grama, sinto o cheiro do amanhecer,
E sinto que a felicidade é poder viver.

Sinto as nuvens nos meus pés,
E o vento a me guiar, talvez,
É tudo tão fantástico que eu não quero acordar,
Dessa paz e felicidade que encontrei ao me olhar.

Assim, entendo que quem sou,
E que meus sonhos são o meu amor,
E que cada momento da vida é um presente,
Que devemos abraçar e viver intensamente.

Mas, na queda, no deslize, surge a agonia,
Resta cavar a lama em busca de uma saída,
Arranho o poço com as mãos mas não as sinto,
Contemplar o horizonte não adianta quando está tudo sumindo.

A voz dos pássaros despertam em mim,
O mais puro sangue carmesim,
Que coagula a cada brisa que passa,
E me enforca a cada batida de asa.

Não há mais a vontade de comer as nuvens,
Nesta tumba que não tem origens,
Que cresceu em minha volta,
Quando há uma luz ela sempre faz minha recolta.

Se não tinha nada mais a se ver foi melhor assim,
Onde me encontro não é tão ruim,
Posso aceitar meu fim,
Aqui descanso feliz.

Um Poeta Sem PoesiaOnde histórias criam vida. Descubra agora