Ecos de Despedida e Esperança

14 1 0
                                    

Nessa jornada de poeta, vi cores que o mundo esconde,
Surpresas em cada esquina, em cada verso, em cada horizonte.
Mas o medo que me assombra, não são as sombras da noite,
É o afastamento silente, pela paz que custa caro, que me açoite.

Amo com a força do mar, com a bravura de um guerreiro,
Mas se preciso, me afasto, sem olhar no retrovisor, sem desespero.
Fico num limbo de sentimentos, nem tristeza, nem alegria,
Como se meus versos perdessem a alma, a poesia.

Minha musa, minha inspiração, por mim foi deixada,
Partiu com a brisa, e na partida, foi minha própria mão levantada.
Diziam que frio eu não era, que meus versos eram calor,
Que nas estrofes transbordava a essência do meu amor.

Mas o inverno tem seu calor, um abraço que assusta,
E me pergunto, em que esquina da vida, nossa conexão se ajusta?
Perdemos-nos, talvez, no momento em que virei as costas,
Naquele adeus silencioso, onde nossos laços se tornaram apostas.

Agora, meus versos buscam sentido, numa jornada solitária,
Onde o amor é um fantasma, e a solidão, uma cena diária.
Mas ainda há calor nos meus versos, ainda há vida na minha canção,
E quem sabe, na próxima curva, encontro a redenção.

Um Poeta Sem PoesiaOnde histórias criam vida. Descubra agora