Primeira geração

74 8 0
                                    


Violeta narração :

Ele é estranho porém simpático acho melhor eu voltar a andar com estilete, eu encontrei ele agora e foi simpático mas eu ouvi falar que japoneses normalmente não tem costume de se importar tanto com a vida dos outros e bom ele parece muito interessado e eu nem consegui descobrir com que ele trabalha.

- Violeta eu tô falando com você.

- Perdão, pode falar.

- Zana? Quem é aquele homem?

- No dia em que eu me apresentei no bar, ele tava lá aí quando eu fui expulsa ele tava na saída e conversamos aí nos vimos hoje.

- E você tem a certeza que ele é confiável?

- Yuzu eu falei com ele só essas vezes.

- Tem que tomar cuidado com os homens daqui nunca se sabe quando você tá falando com um tarado já que você é brasileira.

Ela tava completamente certa mas era engraçado ouvir isso de uma menina que vive com marcas roxas no corpo. Merda isso foi insensível.

- E você?

- Que que tem?

- Tá tudo bem?

Ela ainda parecia nervosa em questão a isso.

-  Estou.

- As vezes eu sinto que você é mais mentirosa que teste de fidelidade.

- Hum?

- Coisa do Brasil.

Ela concordou com a cabeça.

- Olha eu já disse que tá tudo bem!

- Certo.

Mordi o interior da minha boca.

- Vamos logo pra sua casa!

Ela puxou meu braço e andamos falando sobre coisas aleatórias.

- Mas e aí? Vamos falar de um assunto muito feminino, HOMENS ou MULHERES, joga pra que lado amiga?

Ela me olhou rindo.

- Homens.

- Algum em mente?

- Tem um amigo do meu irmão...

- Uiui quantos anos ele tem?

-  16.

- Moreno? Loiro? Ruivo? Alto ou baixo?

- Ele tem um cabelo roxo claro e ele é médio.

- Japonês?

- Acredito que sim.

- Minha amiga é uma diva, pegadora.

- Jesus Violeta, que que é isso.

- Sou pegador, sou pegador, não vacila não dá mole que eu sou o terror!

Cantei em português e ela me olhou e deu um sorriso.

- Sua língua é muito linda!

Eu dei um sorrisinho bobo.

- Obrigada amiga!

- E você? Alguém?

- Dá escola ninguém eu não sou fã de homens da minha idade! Podem ser mais um pouco velho.

Ela me encarou de olhos estreitos.

- Que idade Violeta?

- 19 pra cima!

- Por Deus você faz dezoito quando?

- Faltam três dias!

- Só? Não vai fazer festa?

- Não.

- Justo.

Quando bati meu olho estávamos perto da minha parada no metrô.

Me despedi com um beijinho na bochecha dela e desci até em casa, no meio do caminho meu cadarço desamarrou e quando levantei eu olhei para um menino que tinha uma cicatriz no rosto, ele não tinha cara de ser alguém ruim só que o uniforme vermelho que deixava ele com cara de delinquente, e ele me encarou de volta.

Tive o sentimento que já vi ele em algum lugar nossos olhos nos encontraram e dei um sorriso simpático e voltei a andar e ele também olhei para traz brevemente e vi o nome "primeira geração" o que seria isso?

Ele deve ser de uma gangue, que merda eu atraio gente assim?

Voltei ao meu caminho mas enrolei passado por uns blocos que eu nem conhecia, chegando em casa percebi que meu pai não tinha chegado ainda.

Ele sempre chega cedo, o que será que aconteceu?

Peguei uma caixinha de som pequena e minha playlist de rock brasileiro começou.

"Sociedade alternativa"

Eu dancei de maneira esquisita sentido a música me ganhar.

Enquanto eu dançava eu pensei nos acordes da música e lancei na internet não eram difíceis, mas eu preciso aprender o do baco urgentemente.

Acabou que a caixinha descarregou e eu dormi encima da cama mas algo que pensei foi apenas o garoto com a cicatriz no rosto.

Mulher de fases Onde histórias criam vida. Descubra agora