Gavetas

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Violeta narração:

- Como nossos pais
- Diz que fui por aí
- Pontos de Exclamação
- A banda

Eram essas que eu tinha a certeza que eu iria cantar. Meu pai bateu na porta do meu quarto algumas vezes mas eu preferi relaxar por que se deixasse eu tentaria um homicídio culposo contra aquela mulher.

Hoje eu não sei se irei sair com os meninos da Tenjiuki acho que tenho que explicar logo pro meu pai que eu tenho mais amizades masculinas do que femininas. E se ele não aceitar eu peço dinheiro mensal pra minha mãe.

- Filha vem jantar!

Ele gritou pra mim acredito que lá da sala.

- Tô descendo.

Me levantei depois de cantar bastante e desci. O saltos sem marca da mulher ainda estavam presentes no chão.

- Violeta decidiu se juntar com nós?

Os olhos dela tinham um brilho ridiculamente falso, era até enjoativo ver ela assim.

- Hum, decidi sim. Pediram algo?

- Eu que cozinhei. Fiz um prato diferente pra você e pra mim e pro seu pai é o mesmo.

Ela comentou e eu devo mesmo comer? Se ela por chumbinho no meu prato.

- Parabéns.

Disse pensativa.

Me sentei ao lado dela. O silêncio entre a gente era puro desinteresse.

- Podíamos ver algo na tv né? Os três.

Ele falou colocando as coisas na máquina de lavar.

- Podemos.

Eu me levantei e fui até a sala com tv, ela me acompanhou, era estranho como ela me olhava parecia que estava esperando eu fazer algo errado.

Me senti meio zonza, porra deve ter sido nada.

Meu pai se juntou a nós duas no sofá ficando ao lado dela e eu em uma poltrona assistimos um filme coreano que ela queria mas eu fiquei tonta de novo.

- Eu acho que vou me deitar. Boa noite pro casal. Eu tô com vontade de vomitar.

Corri até o quarto e fechei a porta do meu quarto sem trancar. Fui até o banheiro e me joguei no chão a espera de conseguir vomitar. No final eu não consegui forçar vomito e apaguei ali mesmo.

Acordei às luzes do banheiro estava ligada apenas a do espelho mas estranho que a do quarto estava toda ligada. Eu me olhei brevemente no espelho meu cabelo estava ridículo de feio e muito suada.

Abri a fresta da porta e a Kyoko tava lá!

Mexendo nas minhas gavetas e guarda roupa. Ela estava com um pacote na mão deve ser droga, merda ela vai por nas minhas coisas.

Abri a porta com cuidado e cheguei por trás dela. Puxei de uma vez esse pacote de suas mãos e enquadrei ela pela cômoda.

- Que porra você tá fazendo aqui?

Perguntei revoltada.

- Eu vim pro seu quarto ver se você estava bem e achei isso na sua gaveta.

- Abortada do capeta mente direito!

Ela tentou me empurrar mas eu peguei a caneta perto da minha lista de músicas.

- Esclarece esse caralho ou eu enfio isso goela abaixo!

Ela riu.

- Você não tem coragem.

- Você não me conhece.

Mulher de fases Onde histórias criam vida. Descubra agora