Gangue

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Violeta narração:

"Onde eu tô?"

Eu tava deitada num quarto com a mesma roupa de ontem só que o quarto não é meu, e nem de ninguém que eu conheça. Se eu tô de roupa eu não dormi com ninguém.

Me levantei meu cabelo tava bagunçado mas não feio olhei para a porta e passei.

Andei pelo corredor tinha uns quartos mas olhei para o elevador, quem tem um elevador em casa?

Não tem escada não?

Apertei e a porta dele abriu e saiu o Shion.

- Oi loirinha acordou? Tá só eu e você acordados então fala baixo.

- Ah eu dormi aqui?

- Dormiu.

- Inclusive seu blazer tá lá no carro.

- Merda meu telefone tá lá, meu pai deve ter me ligado, que horas são?

- Quase uma da tarde.

- Puta merda me empresta a chave do carro e me leva até a garagem.

- Claro bora.

Eu e ele descemos e me emprestou rapidamente a chave liguei meu telefone quando abri não tinha uma chamada sequer.

- Tá tudo bem loirinha?

- Tá sim que bom que meu pai não tá surtando.

- Ele não te ligou? Você viu ele ontem?

Ele parecia incomodado.

- Bom não.

- Eu ti fiz duas perguntas.

- Não, é pra duas.

- Loirinha quer que eu te leve pra casa? Eu tenho uma moto.

- Vocês falam alto pra caramba!

O Izana reclamou alto.

- Zana, bom dia!

- Seu cabelo ta bonito.

Ele falou com a mão no rosto.

- Obrigada! Já tomou café?

- Não.

- E você?

Me virei para Shion.

- Não.

- Vocês querem sair pra tomar? Eu pago.

- Pode ser.

O izana concordou também.

- Vamos chamar os outros.

- Os Haitani não gostam de ser acordados vamos chamar o Kakucho.

O Shion subiu até lá e ficou só eu e o Izana.

- Seu pai te ligou?

- Não ele deve estar ocupado com a Kyoko.

- Quem?

- A namorada dele.

Para você, o que você disse foi inofensivo mas para ele o nome da mulher estava guardado.

- Onde você estuda?

- No colégio ########

- Vamos.

- Bom dia Kakucho!

O sorriso dela deixou melhor a manhã desses três.

- Bom dia Violeta.

- Vamos? Quem dirige?

- Eu!

O Kakucho pegou a chave e entramos no carro.

Quando chegamos no café eu pedi bastante comida já que o Izana tava muito magro.

Quando chegou tudo eu reparei em algo diferente.

- Por que todos os atendentes parecem assustados?

Quando fiz essa pergunta o ar parecia ter pesado.

- Loirinha já perguntou pra algum de nós com que trabalhamos?

O Shion falou jogando mais açúcar no café.

Tentei me lembrar de algo mas no dia em que fiz essa pergunta pro Izana a Yuzuha nos interrompeu. Mas que merda se eu estiver tomando café com traficantes ou coisas do tipo eu saio sem nem pensar.

O uniforme do kakucho merda eles são de gangue!

- Vocês fazem parte de uma gangue né?

- Bingo.

- Por que caralhos não me contaram?

- Você não perguntou e assim todos os japoneses conhece a tenjiku.

A minha raiva era evidente a todos na mesa.

- Ah sim é que eu espanco pessoas todos os dias mas eu nunca contei pra garota estrangeira que chegou no país a pouquíssimo tempo qual é a porra do meu trabalho.

Ele levantou as sobrancelhas, me incomodou.

- Relaxa.

- Relaxa nada, bom dia pra todos vocês me dêem licença.

Eu me levantei com força e ele segurou meu braço.

- Qual é a porra do problema de homens que fazem parte de gangues o Shuji fez o mesmo!

Peguei o seu café e ameacei jogar em seu rosto.

- Joga!

Sem nem pensar na consequência eu joguei nele sai rapidamente.

E no primeiro táxi eu me enfiei.

Fiz certo? Sei lá mas já não basta o Hanma, Hakkai e o puto do Taiju agora só aparece essa galera pra mim?

Com o Izana.

- Ela fez isso?
O Shion perguntava secando o rosto.

- Pelos guardanapos acho que sim.

- Que merda ela parecia legal.

- Acho que estrangeiro nenhum que se envolver com gangues.

- Inclusive quem era o nome do garoto que ela disse que fez a mesma coisa.

O Kakucho chegou do nada.

- Eu não me lembro.

- Mas engraçado foi.
O próprio ria da sua desgraça.

Violeta on:

Chegando em casa eu vi os saltos da Kyoko, não tava no humor.

- Bom dia Violeta.

- Bom dia.

- Essa roupa não é de hoje, tá dormindo com alguém?

- Se estivesse não seria problema seu!

- Ainda!

Ela se aproximou de mim colocando a mãos no meu rosto.

- E saiba que quando eu quiser a marca da minha mão vai ficar em você.

- Em que momento você vai ter esse direito? Se você é tão baixa a esse ponto saiba que o se você fizer isso eu pago o seu túmulo!

- Você tem cara de falar muito e fazer pouco.

Eu a puxei para um abraço e envolvi a mão no seu cabelo e puxei direto da raiz.

- Eu garanto que minhas palavras são fatos.

Subi até o meu quarto e só desejei que essa dia acabasse.



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