Salto?

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Acordei tarde pra caramba!

Quando abri meus olhos e olhei para a guitarra encima da minha cama eu nem me cobri, hoje eu estou livre para fazer o que eu quiser.

Me levantei rapidamente e fiz um dos meus penteados de quando meu cabelo está sujo.

Eu tirei as tranças tem uns dias foi quando o menino esquisito tocou em mim.

Vou ter que por um casaco por cima do minha blusa essa idiotice japonesa.

Abri minha sapateira, hoje eu estava afim de uma sapatilha? Tênis me parece a melhor opção.

Descendo a escada eu vou direto pra cozinha, olhei para o chão tinha um salto, não era da Louboutin, Miu miu, Manolo Blahnik, Louis Vuitton, Stuart Weitzman ou Saint Laurent nenhum desses saltos são meus.

Nem das empregadas já que eu sei que elas não são fãs de saltos. Meu pai tá dormindo com alguém, ok mas quem é?

Se for da minha idade que eu vou jogar esse salto na cara dele.
Passei reto por eles e peguei um copo de suco e uma torrada e não passou alguns minutos e meu pai e uma mulher chegaram.

- Bom dia filha! Essa aqui é a Kyoko.

Apontou pra uma mulher branca, cabelos pretos com cara de coreana devia ter uns 30  com um vestido de festa.

- Prazer, Violeta eu tô tão feliz de estar te conhecendo, vou pode ser sua mãe!

- Vocês tão noivos?

"Eu espero que ela morra antes"

- Não né bobinha, mas logo estaremos.

Ela falava doce mais a cara era amarga.

Seu pai a olhou franzindo e deu um sorriso apaixonado ele tá fudido na mão dela.

- Vou no banheiro garotas.

- Vai lá.

Quando ele passou da porta da cozinha ela falou.

- Você é filha de outro casamento, era pra você ser passado querida. Fato é que ele nem queria você aqui e eu muito menos então faça a questão de se manter no seu lugar!

Eu a olhei sem expressar reação.

- Quantos anos você tem?

- Por que a pergunta pirralha?

- Vai responder não?

- 47.

- E tá tendo crise de ciúme nessa idade? Se preserva se você não gosta de você mesma eu e nem meu pai gostaremos.

- Olha como fala com sua madrasta.

- Olha como fala com sua enteada!

Dei um sorriso cínico para ela que revirou os olhos meu pai chegou na cozinha e ela abriu o maior sorriso.

- Que bom né, já terminei meu café da manhã bom dia aí pra vocês.

Passei pela porta e a fechei perdi minha fome.

Olhando em volta eu estava me sentindo sozinha, como até meu pai tem alguém e eu não? E assim por mais que eu tenho alguns conhecidos nenhum são amigos.

Andando de um lado pro outro fora de casa no portão eu olhei firmemente para a frente.

18 anos, sem namorado,amigos,  emprego.

É legal falar que eu sou herdeira mas eu queria ao menos cantar uma vez na semana.

Eu vou comprar um cigarro.

Abrindo a porta de fora eu entro de novo na casa subo minhas escadas e quando desço eu travei, eu quero mesmo fazer isso? Tem quase quatro meses sem nenhum tipo de nicotina.

Não vou comprar.

Vou deixar pra fazer merda amanhã se for pra fazer algo.

Eu preciso de outro rumo, vou gastar.

Além de estar em busca de um shopping em Tóquio eu quero um que eu gaste para comprar presentes de aniversário.

Entrei no shopping passei nas vitrines mas meu estômago roncou..

Que horas são? Olhei para o relógio em meu pulso 12:30 vou comprar uma casquinha.

Fui até a praça de alimentação e pedi uma casquinha num restaurante qualquer que tinha.

Enquanto eu estava vidrada a caminho da Moncler graças a um casaco divino e não reparei no loirinho que eu esbarrei.

Legal, meu sorvete todo na camisa dele!

- Perdão!

Ele pediu, estava enfaixado.

- Eu sujei você, desculpe eu isso aí não deve sair tão fácil.

Ele olhou pra baixo triste.

- Eu gostava dela!

Ele parecia decepcionado com a situação que eu deixe a camiseta dele.

- Qual é seu nome?

- Chifuyu Matsuno.

- Ainda vendem essa camiseta onde você comprou?

- Hum.

- Toma.

Peguei minha carteira e tirei o que seria aqui no Brasil 300 reais.

- Não precisa.

- Precisa sim, pega loirinho.

Ele se afastou, tinha um reflexo bom.

- Eu disse que não precisa.

- Se recusar eu te arrasto pra comprar um vestido!

Fechei a cara e ele riu e estendeu a mão com calos.

- Obrigada.

E deu um sorriso muito bonito por sinal então e entrei na loja.

Um casaco e um vestido é o que eu preciso e talvez um bom batom vermelho.

Acho que amanhã eu vou ficar em casa.

Olhei para as atendentes que me olhavam de cima a baixo de forma negativa até que uma mulher veio com um sorriso simpático.

- Olá deseja dar uma olhada nas nossas peças?

- Claro. Eu tava pensando em um casaco.

Ela me mostrou alguns modelos então eu escolhi dois um para o inverno que era preto e longo e outra jaqueta puffer preta também.

Saindo da loja eu fui ate uma loja com o nome em japonês que eu não conhecia e comprei um vestido preto curto com mangas longas.

E mais um salto da Prada alto.

No final da tarde eu voltei para casa com algumas sacolas.

Quando eu cheguei não parecia ter ninguém em casa meu pai deve ter saído ele trabalha nos sábados?

Quando subi os degraus vi na minha porta.

"Dormirei na casa da Kyoko hoje"

Que ele não engravide ela meu Deus.

Mulher de fases Onde histórias criam vida. Descubra agora