■ 12 - CONFUSOS ■

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SN BATISTA




♧♧

Surpresa me atingiu ao notar que Jungkook se aproximava velozmente, montado no lombo do cavalo recém- domado.

Os cabelos agora mais curtos, eram chicoteados pelo vento, os olhos pretos estavam vidrados na minha direção e exalava uma ira tão intensa que estremeci.

-- Mas que diabos... - Jorge praguejou do meu lado, provavelmente tão confuso quanto eu estava.

Jungkook pareou o cavalo ao lado do meu, sem esperar um único segundo, segurou as rédeas da égua que eu montava, fazendo o animal parar, e se virou na direção de Jorge.

-- Retorne para a fazenda! - ordenou.

-- Patrão, eu só... - Jorge tentou protestar, mas sua fala foi abafada pela timbre feroz de Jeon.

-- Agora!

Olhei na direção de Jorge, atordoada, enquanto ele apertava os flancos do cavalo com as botas e saía a toda velocidade.

Olhei para Jungkook ainda chocada com todo o acontecimento que havia presenciado.

-- Ficou louco? O que ele fez para você? - falei fora de mim com o coração quase saindo pela boca.

O homem me encarou expressão impassível, com olhar flamejando de raiva.

-- Eu não sou louco Sn, você não passa de uma menina tola e mimada.

Ouvir as ofensas gratuitas que ele proferia foi como receber um tapa em cada lado do meu rosto. Senti- me ameaçada, diminuída.

-- O que você quer de mim, Jungkook? Por que me odeia tanto? - rebati, irritada o corpo tremendo.

O homem soltou as rédeas da égua e segurou o meu braço com certa força, se aproximando mais.

-- Aquele cara só quer se aproveitar de você, por que não percebe isso? Se não é uma tola como diz, então por que se arrisca a sair com aquele peão para o meio do mato? Não percebe que ele falta te engolir com os olhos? - disse ríspido.

Irritada, arranquei o meu braço do seu aperto e puxei o ar com força para os pulmões.

-- E daí se ele só quer se aproveitar de mim? Não parou pra pensar que eu poderia querer o mesmo? - tomada de raiva. menti,

Quem aquele homem pensava que era para se meter daquela maneira no que eu fazia ou deixar de fazer?

Ele cerrou a mandíbula com força, visivelmente fora de si.

-- Vamos voltar para casa, Sn... - exigiu com a voz tão brutal quanto um trovão numa noite de tempestade.

-- Vá se ferrar. Você não é o meu pai! - gritei sem um pingo de remorso, a raiva que sentia daquele homem se intensificando a cada minuto.

Tomei o controle das rédeas e levantei o chicote no ar para fazer a égua sair a galope. No entanto, algo inesperado aconteceu quando o cavalo recém-domado de Jungkook percebeu o movimento do chicote no ar.

Como uma fera de coração livre, pronta para lutar por sua liberdade, o animal empinou as patas dianteiras, quase que derrubando o moreno no chão, em seguida, saiu em um galope descontrolado.

Senti o coração parar algumas batidas enquanto observava o homem lutar com afico para se manter firme sobre o lombo do animal. Lágrimas de puro desespero surgiram em meus olhos, mas eu não permiti que elas caíssem.

O Melhor Amigo do meu Pai      -  Jeon Jungkook Onde histórias criam vida. Descubra agora