O Melhor Amigo do meu Pai - Jeon Jungkook

■ 27 - Dia do Sim ■

SN BATISTA  - 7 meses depois...

Me olhei no espelho mais de um milhão de vezes para ter certeza de que estava tudo ok com o vestido de noiva que eu usava. Abanei os olhos para impedir que as lágrimas não derramadas manchasse a maquiagem e puxei o ar com força para os pulmões.

Os hormônios da gravidez estavam me deixando à beira de um colapso nervoso.

Havia momentos em que eu sorria como uma boba ou chorava por nenhum motivo aparente. E havia momentos como aquele que eu não conseguia controlar a emoção que sentia em saber que em poucos instantes estaria ligada a um homem para sempre pelos laços do matrimônio.

Senti o bebê mexer em meu ventre e um largo sorriso me tomou, junto a mais lágrimas de felicidade. Coloquei a mão sobre a barriga, agora já avantajada e fechei os olhos, relembrando cada momento.

Com dezesseis semanas de gestação, descobrimos que teríamos um lindo menininho. Não foi difícil escolher o nome do nosso pequeno precioso.
Jungkook sugeriu que ele se chamasse

Junghyun, eu amei logo de cara. Era o nome perfeito para um bebê tão querido e esperado por todos, pois era forte e ao mesmo tempo delicado...

Quando aceitei o pedido de casamento de Jungkook. Continuamos morando em casas separadas, ele no casarão e eu com meus pais.

Agora, enquanto aguardava o momento para subir ao altar, sentia meus nervos aflorados, a respiração arfante. Até mesmo Junghyun parecia mais agitado do que o normal em meu ventre, dando chutinhos tumultuados um atrás do outro.

    –– Calma pequeno... - Acariciei minha barriga levemente e sorri quando ele voltou a chutar.

    –– Logo seremos nós três juntos, filho. Eu, você e o papai.

Fiquei de lado, em frente ao espelho, e admirei o quanto minha barriga havia crescido durante os últimos meses. Jungkook havia expressado seu desejo para que eu não escondesse a barriga no dia do nosso casamento, e eu havia cumprido sua vontade com orgulho.

Usava um vestido que seguia justo no corpo, e as saias se abriam apenas um pouco da cintura para baixo, deixando em evidência a minha barriga de quase oito meses de gestação. Na parte de cima, os detalhes eram trabalhados em tule que dava um toque único e especial à peça. Mangas finíssimas cobriam os meus braços...

Minutos depois, ouvi batidas na porta e autorizei a entrada. Meu pai colocou a cabeça para dentro do cômodo e sorriu ao me ver ali vestida de noiva.

   –– Está maravilhosa minha filha. Exatamente como um dia eu sonhei que te veria.

Deu alguns passos para o interior do quarto e segurou minhas mãos trêmulas com as suas.

   –– Está pronta? - perguntou com a emoção transformando seu semblante.

   –– Sim, pai... Eu estou pronta.

Voltei a abanar os olhos, tentando ao máximo me segurar ao menos até o fim da cerimônia.

    –– Então vamos, não quero que se atrase num dia tão importante.

Sorri, recordando-me que o charme principal de um casamento era exatamente o atraso da noiva. No entanto, eu poderia dizer que naquele momento concordava com o meu pai. Não queria me atrasar, estava nervosa demais para adiar aquele momento por mais tempo que o necessário. De braços dados, meu pai me guiou para fora do casarão e me levou até o local que aconteceria a cerimônia.