SN BATISTA
♧♧No dia seguinte lá estava eu novamente, de pé bem cedinho. Antes mesmo do nascer do sol eu me arrumei e fui em direção a fazenda para mais um dia de trabalho.
De longe avistei Jorge cuidando disso cavalos.
Ele sorriu assim que me viu caminhar na direção da sede. Ele soltou dois cavalos no pasto, saltou a cerca e correu até mim, os cabelos sendo bagunçados pelo vento.
-- Bom dia, anjo. Dormiu bem? - perguntou e passou a caminhar ao meu lado como se não tivesse mais nada para fazer.
Pelo canto do olho, notei quando papai se virou em nossa direção e seu olhar nada amigável percorreu Jorge de cima a baixo.
-- Bom dia, Jorge. Sorri.
-- fugindo do trabalho como sempre, hein! - brinquei.
-- É por uma boa causa. Não poderia deixar de admirar você um pouco.
Sorrindo, eu apressei o passo, passando na frente do homem.
-- Tenha cuidado ou será demitido, peão. Papai está de olho em você.
Jorge me acompanhou em um segundo, logo depois, olhou na direção do meu pai.
Ele vai superar quando você resolver sair comigo.
-- Palhaço... - falei baixinho, apenas para que ele ouvisse.
Sem um pingo de vergonha na cara, Jorge fez um símbolo de coração com as mãos e saiu dali para voltar ao serviço.
Ainda achando graça de toda aquela palhaçada eu entrei na cozinha e encontrei Berenice preparando o café da manhã.
O cheirinho bom de café fresco estava no ambiente, e embora eu já tivesse tomado uma xícara em casa, não conseguia dispensar a bebida saborosa preparada por Berenice.
-- Bom dia, Berenice cumprimentei e me sentei à mesa para conversar com a mulher.
-- Bom dia, querida.
Cortei um bom pedaço de bolo de fubá e coloquei em um prato. Do outro lado da mesa, Berenice encheu a xícara de café e me entregou. Era o que ela amava fazer, cozinhar e cuidar bem de quem gostava, ela era querida por todos ali na fazenda.
Enquanto ela voltava ao serviço, notei que naquela manhã Berenice estava mais quieta que o normal, parecia distraída. Não houve qualquer espécie de conversa mais profunda entre nós duas.
Lavei o prato e a xícara que eu havia usado os coloquei para secar no escorredor de pratos e segui em direção ao quartinho destinado aos funcionários para deixar meu casaco e pegar um avental.
Foi somente nesse momento que notei que não estava com a pulseira que ganhei de minha avó paterna em seu leito de morte.
Lembrei-me que havia deixado a delicada joia no andar de cima, mais precisamente no quarto de Jungkook.
A pulseira era bem fininha, porém de ouro maciço. Foi um presente especial que eu carregava comigo a todo instante. Tinha o costume de tirá-la sempre que mexia com algum produto de limpeza, e foi o que aconteceu da última vez que eu havia estado no casarão.
Deixei o casaco em uma prateleira e saí a toda apressada para subir até o segundo andar.
Encontrei Berenice na sala de jantar colocando a mesa. O café da manhã seria farto pela quantidade de coisas que vi de soslaio. Estranhei, pois dona Lúcia nunca fazia suas refeições ali quando estava sozinha.
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O Melhor Amigo do meu Pai - Jeon Jungkook
FanficEle um médico renomado, rico, bonito e amargo. Ela jovem, linda, doce e feliz... 2 caminhos completamente diferentes que se cruzam após um tragédia que amarga a vida do dr Jeon Jungkook. História +18