■ 17 - Questionamentos ■

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JEON JUNGKOOK

Cheguei em casa já tarde da noite. Após ficar um tempo dentro do carro, estacionado próximo aos estábulos. Sn estava me levando ao limite do racional.

Primeiro correspondia aos meus beijos, às minhas carícias, me desejava da mesma forma que eu a queria, e depois fugia de mim.

Ela me entregava tudo e depois tomava de volta, me levava ao céu e ao inferno em questão de minutos.

Tentei aceitar que a garota tinha razão em se manter distante. Aqueles amassos escondidos eram perigosos e envolviam pessoas demais, começando pelo seu pai que era meu amigo desde a infância.

Mas a verdade é que eu não conseguia me manter longe. A garota possuía uma sedução natural que me cativava. Quando discutíamos, eu tinha vontade de arrancar suas roupas e fodê- la até aquela insolência se desfizesse no ar, e quando nos beijávamos, era quase impossível parar, ela me oferecia a boca de bom grado e eu tomava tudo.

No entanto, quando elq se afastava, aquele vazio dentro do peito, que me jogava dentro de um precipício, retornava com toda a sua força. A vontade de ceder à bebida outra vez me tomava, as lembranças do passado me martirizavam por dentro, me rondavam como um fantasma destinado a me assombrar pelo resto da vida.

Com a cabeça latejando, deixei os sapatos sujos de lama na varanda, entrei pela porta dos fundos e caminhei até a cozinha. Encontrei minha mãe sentada à mesa agasalhada em uma manta à minha espera.

Ao me ver, ela mudou a postura e limpou a garganta. Parecia preocupada e ao mesmo tempo reticente em tocar no assunto, que eu já imaginava o que seria...

    –– Pensei que já tinha se deitado... -  comentei e puxei uma cadeira para me sentar.

Minha mãe puxou um pouco mais a manta para tapar os ombros e me encarou por alguns segundos. Era nítido seu desconforto, mas me mantive paciente e continuei na espera do que ela diria.

    –– Nem sei por onde começar este assunto... - Admitiu e inspirou mais fundo.

    –– Apenas diga dona Lúcia. - Incitei.

Após alguns minutos, ela começou:

    –– Você e Sn... Vocês fizeram? - Ela não precisou dizer mais uma única palavra para que eu entendesse exatamente o teor da pergunta.

Deixei meus ombros desabarem, cansados e respondi seriamente:

    –– Não. Ainda não! - Enfatizei deixando claro que isso iria acontecer em algum momento.

Sua expressão tornou-se ainda mais aflita, e ela suspirou.

   –– Ela é tão jovem... - Disse baixinho, quase que para si mesma.

   –– Eu sei... - confirmei, embora não me orgulhasse disso.

Pela expressão preocupação de minha mãe, soube que ela imaginava o mesmo que eu, que Sn era jovem demais para mim. Provavelmente também ponderava minha amizade com Joaquim.

    –– E quanto a Lara? - Perguntou e eu desviei o olhar.

   –– Espero que você não machuque Sn, Jungkook, ela não merece sofrer.

Lara... sempre Lara... Era como se minha vida estivesse sempre em torno de minha noiva morta. Fechei os olhos por alguns segundos. A dor ainda estava ali, feria tanto. Havia dias em que eu pensava que não teria forças para me levantar pela manhã. Mas então eu me lembrava de Sn.

    –– Um dia eu irei seguir em frente. - Fui sincero e olhei na direção de minha mãe diretamente em seus olhos.

Minha mãe então balançou a cabeça em concordância e de repente sorriu. Um brilho esperançoso surgiu em seu olhar.

    –– Meu Deus, como Sn é linda. Um amor de menina.

Concordei, embora ainda não soubesse como aquela história terminaria ou se a garota ao menos me queria.

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Precisamos terminar essa história né?🥲

Se eu trocar os nomes dos personagens, pfv me avisem.

O Melhor Amigo do meu Pai      -  Jeon Jungkook Onde histórias criam vida. Descubra agora