■ 16 - CONFUSA ■

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SN  BATISTA

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Alguns minutos depois, Jungkook retornou ao quarto vestindo uma calça escura.

Eu estava sentada na beirada da cama, aguardando por ele, e da mesma maneira continuei quando ele caminhou na direção da porta. Mantinha minhas mãos juntas, estava  inquieta, sentia-me como uma criança que havia aprontado e foi pega em flagrante.

Dona Lúcia entrou no quarto e encarou o filho brevemente, com o olhar receoso.

Ela passou por ele em silêncio e caminhou na minha direção. A face
madura me fitou sem jeito e eu quis me esconder debaixo daquela cama.

Era nítido que ela sabia o que eu e seu filho estávamos fazendo, mas era educada demais para tocar no assunto.

  –– SN, você está bem querida? - Ela se aproximou e tocou minha face, nitidamente preocupada. Não tinha certeza se sua preocupação se devia ao machucado em meu joelho ou por achar que eu e seu filho havíamos extrapolado os limites.

Eu quis chorar de vergonha, não consegui encará-la e apenas assenti suavemente, desviando o olhar. Olhei para o moreno pelo canto do olho, e ele nos encarava, apesar de parecer mais tranquilo do que deveria.

   –– Consegue andar? - A mulher questionou e acariciou meu ombro com sutileza.

    –– Sim... acho que sim! - respondi com a voz trêmula e me forcei a olhar para dona Lúcia.

Um sorriso gentil surgiu em seu rosto e ela se afastou um pouco.

    –– Seu pai está lá embaixo preocupado com você. Eu informei a ele que meu filho estava fazendo um curativo no seu joelho, e que logo você iria descer.

Inspirei fundo, temendo não conseguir disfarçar meu nervosismo o suficiente na frente do meu pai.

    –– Obrigada por me chamar. Irei estar com ele em um minuto.

Dona Lúcia assentiu e saiu do quarto trancando a porta atrás de si. Só então consegui respirar de forma coerente.

Inspirei fundo e me movi para sair da cama e descer as escadas.

   –– Eu te ajudo, pequena.

Jeon se aproximou de onde eu estava e me ajudou a ficar de pé. Também não conseguia encarar aquele homem, meu corpo ainda tremia por causa do efeito colateral do que havíamos feito.

    –– Eu acho que sua mãe sabe exatamente o que fizemos ou quase fizemos... - comentei baixinho, com o rosto afogueado de vergonha.

    –– Acredito que sim! - confirmou sem rodeios, eu fechei os olhos um pouco nervosa.

   –– Não se sente envergonhado? -  Levantei a cabeça para encará- lo e encontrei seu olhar perspicaz me analisando com cuidado.

   –– Do que eu deveria me envergonhar, pequena? Sou um homem adulto.

Dei um passo na direção da porta enquanto ele me firmava pela cintura, mas não conseguia encarar as coisas daquela maneira, com tanta naturalidade.

    ‐– Eu não sei, Jungkook. Só acho que não seja algo tão comum e normal assim. Bom, ao menos não é para mim.

Continuei andando até quase alcançar a porta. Então ele me parou no caminho e segurou meu rosto levemente, me forçando a encará-lo.

O Melhor Amigo do meu Pai      -  Jeon Jungkook Onde histórias criam vida. Descubra agora