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+16| Hannah Hernández, enlaçada pela saudade da infância perdida, retorna a Barcelona com o intuito de se aproximar de seus pais e o cultivo acadêmico. Inesperadamente, seu mundo se transforma ao se envolver com Pablo Gavi, a promessa do...
" E eu estou com raiva porque eu amei este lugar" - Taylor Swift
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A falta de ar por estar chorando é incessante e agora a única coisa que eu me pergunto é:
O que eu fiz?
Não choro apenas pelo fim, choro pelo arrependimento amargo que toma conta de meu peito. Me sentindo uma tola, fraca e pela primeira vez, sozinha.
Um pouco perdida. Talvez, dentro da minha própria cabeça ou, em minha culpa de deixa-lo ir embora assim, dessa forma.
Não deveria ser assim. A raiva ainda faísca em meus poros apenas por me lembrar da feição provocativa de Karoline ao me dizer aquelas coisas.
E só de pensar nisso, volto a ficar magoada por ele não ter me avisado da estadia dela em Barcelona.
Fecho os olhos com força em meio a essa oscilação de sentimentos e soluços escapados, com minhas bochechas colantes e úmidas pelo choro que se cessa aos poucos.
Eu não sei. É isso, eu simplesmente não sei mais o que eu estou sentindo.
Repito para mim mesma em minha mente, mas isso não impede com que um nó se forme em minha garganta.
- Hannah - escuto a voz de Pedri e me forço a abrir meus olhos, com a visão embaçada, encaro seu semblante preocupado - segurei o quanto pude, mas agora os caras precisam do vestiário... - meu melhor amigo diz com cautela
Só agora me dou conta de que devo ter passado muito tempo aqui dentro. Assentindo, me forço a levantar e com o dorso de minha mão, seco minhas bochechas e fungo meu nariz tentando me manter em pé.
Sendo forte, mas sendo forte pelo que? Se eu acabei de mandar minha força embora?
Me aproximo de Pedri que sorri fraco para mim e me abraça pelos ombros. Me apoio em meu melhor amigo quando saímos do vestiário e para minha surpresa, o corredor está totalmente vazio e silencioso.
Acho que a maioria dos jogadores acabaram desistindo de tomar uma ducha e foram direto para a casa.
- Vamos por aqui - Pedri diz, me guiando para o estacionamento privado - é melhor que o Xavi não te veja assim - ele comenta enquanto andamos
Olho para tudo que consigo, procurando por algum resquício dele. Algum moletom branco, alguma costas que eu conheço bem, uma nuca irreconhecível, assim como as orelhas e o jeito de andar.
Não encontro nada.
- Cadê ele? - questiono Pedri e inclino minha cabeça para encará-lo
- Seu pai? - não respondo nada e ele entende de imediato, soltando um suspiro triste que faz meu coração doer um pouco mais - Eu não sei, a Mel foi atrás dele - conta ele o que sabe e assinto, ficando em silêncio
