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+16| Hannah Hernández, enlaçada pela saudade da infância perdida, retorna a Barcelona com o intuito de se aproximar de seus pais e o cultivo acadêmico. Inesperadamente, seu mundo se transforma ao se envolver com Pablo Gavi, a promessa do...
A vida é como um barco à deriva que muda de rumo ao sabor dos ventos.
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Abro os olhos lentamente, fitando o teto branco à cima de mim e franzindo o cenho, por não entender nada. Quase que automaticamente, escuto o barulho do aparelho que indica meus batimentos cardíacos e olho para o lado, constatando que estou certa. Solto uma lufada de ar ao olhar para o lado e vagando meus olhos pelo quarto, encaro o sofá.
Sofá esse, que tem meu namorado dormindo de uma forma totalmente desconfortável, usando sua mochila como travesseiro e pela sua respiração, creio que não faz muito tempo que se deixou cair no sono. O quarto não está muito claro, o que significa que ainda não amanheceu totalmente.
Estou em minha primeira noite no hospital.
Pablo deveria estar em nossa casa descansando para o jogo, mas está aqui, me fazendo companhia, preocupado com o nosso pacotinho e sendo o mais presente possível. É incrível, todo o esforço que ele sempre faz por mim, por nós.
Como dizem os padres e pastores nos casamentos, que seja na Saúde e na Doença.
Me remexo um pouco na cama hospitalar, tentando me sentar um pouco. Meus movimentos, fazem com que eu derrube uma garrafinha de água, que estava na pequena mesa ao meu lado. Meu namorado acorda em um sobressalto, seu sono leve o despertando e o colocando em alerta em questão de segundos.
- Desculpa, não quis te acordar - sussuro e ele se levanta, vindo para perto da cama
- Só estava cochilando - dá de ombros, se abaixando para pegar a garrafa plástica que caiu, no processo, o mesmo faz uma cara de dor levando as mãos até suas costas, sentindo o desconforto de dormir no sofá - precisa de alguma coisa, linda? - me questiona quando se levanta, colocando a garrafa novamente no lugar
Prontamente, nego com a minha cabeça.
- Estou bem, amor - sorrio fracamente para ele - não acha melhor ir descansar em casa para o jogo? O sofá não me parece muito confortável - opino
- Eu prometi que não sairia daqui e não vou. - garante, sendo teimoso - Alice me enviou uma mensagem dizendo que está tudo bem em casa e com Hermione, minha prioridade agora é você - continua falando e me arranca um sorriso totalmente genuíno
- Você anda muito teimoso - falo com divertimento
- É a convivência, linda. Acho que as pessoas tem razão quando dizem que somos quase um só - meu namorado fala, enrolando uma mecha de meu cabelo em seu dedo indicador - Acho que vou até a cafeteria comprar um café, quer alguma coisa? - questiona, se sentando na ponta da cama
- Hum, eu até aceitaria amor, mas só estou liberada para comer comidas do hospital - lamento
- Pra isso eu tenho uma solução - dá de ombros, me deixando sem entender, ele se aproxima aos poucos, deixando nossos lábios a centímetros de distância - é só falarmos que é um desejo - sussuro como se estivéssemos contando um segredo e me arranca um sorriso de orelha a orelha