30 | Sonho ruim.

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Acordo suando e com a respiração ofegante devido ao sonho que tive e que insiste em me atormentar

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Acordo suando e com a respiração ofegante devido ao sonho que tive e que insiste em me atormentar. Me sento na cama e constato pela falta de iluminação que ainda deve estar de madrugada, aperto minhas mãos uma na outra ao me dar conta do tremor presente nelas.

Passo a mão em meus cabelos que estão caindo sobre meu rosto e olho para Gavi que está dormindo com um semblante tranquilo em seu rosto, me levanto da cama tomando o máximo de cuidado possível para não acordá-lo e saio de seu quarto discretamente. Desço as escadas e ao chegar na cozinha me sirvo de um copo d'água e tento controlar a minha respiração.

Sinto o choro preso em minha garganta, a vontade de sair correndo ou em pedir para a minha vó me buscar como costumava fazer quando era criança e ficava triste na escola, penso na possibilidade de ligar para meu pai vir me buscar, mas sei que ele acharia que Gavi fez alguma coisa, ou talvez por não ter sido um pai presente em minha infância, não saiba como lidar com isto agora.

Decido engolir o choro.

Me xingo mentalmente por ter esquecido meu celular lá em cima. Caminho até sua varanda e sorrio ao me lembrar do dia em que o garoto me pediu em namoro, me sento em uma  das cadeiras e sinto os pelos de meu braço se arrepiarem por conta do sereno da madrugada. Estou descalça e sem blusa de frio, se minha avó estivesse aqui já estaria aos berros me mandando colocar um casaco para não gripar.

Sorrio com saudades disso.

Sei que preciso contar sobre esses sonhos para alguém, mas ainda não me sinto pronta. Além de que quando eu acordo, parece que esqueço o que estava sonhando e tentar me lembrar parece uma tentativa frustante e em vão. Não quero falar do passado, o  importante é que eu estou bem agora e com quem me ama de verdade, assim como eu amo também.

Escuto a porta da varanda ser aberta e olho por cima de meu ombro encontrando um Gavi com uma expressão de sono, porém preocupada. Ele está com os braços cruzados provavelmente tentando se esconder do frio, me viro totalmente para o garoto e encaro seus pés descobertos pela falta de sapatos, reprimo um riso que tenta escapar de meus lábios.

Ok, seriam duas pessoas que escutariam os berros de minha avó.

Ele se aproxima e para em minha frente, levanto minha cabeça para encara-lo devido a diferença de altura e por eu estar sentada. Forço um sorriso para o garoto que solta um suspiro e beija a minha testa, ele segura em minha mão e me puxa para entrar. Entro na enorme sala e fico observando enquanto ele fecha a porta da varanda e depois volta a olhar pra mim.

- Pensou que eu fugi no meio da noite?  - brinco e ele continua me encarando sem dizer nada - relaxa amor, você não vai se livrar de mim tão cedo - um sorriso escapa de seus lábios e ele revira os olhos

- Você é especialista em fazer com que meu coração acelere - fala se aproximando - não sei se gosto muito disso - arqueio a sombrancelha e ele apoia suas mãos em minha cintura me puxando mais pra si

𝐄𝐋 𝐅𝐔𝐄𝐑𝐙𝐀  - 𝐏𝐚𝐛𝐥𝐨 𝐆𝐚𝐯𝐢Onde histórias criam vida. Descubra agora