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+16| Hannah Hernández, enlaçada pela saudade da infância perdida, retorna a Barcelona com o intuito de se aproximar de seus pais e o cultivo acadêmico. Inesperadamente, seu mundo se transforma ao se envolver com Pablo Gavi, a promessa do...
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Hoje talvez seja um dos dias mais tensos da minha vida. E talvez um dos mais importantes também, além de ser o dia em que revelaremos para nossos amigos a gravidez, também é o aniversário de Pablo, meu namorado está completando 19 anos.
Seu primeiro aniversário que passamos juntos. Espero que o primeiro de muitos.
Acordei mais cedo para preparar um café da manhã especial antes que ele acorde. Preparei uma bandeja com tudo que ele gosta, ou seja, só besteiras. Obviamente que tive que fazer uma pausa para vomitar o que não vomitei ontem, torço para que meu enjoo passe durante a comemoração, assim não precisarei sair correndo para vomitar.
Subindo às escadas com cuidado e me equilibrando para não derrubar nada da bandeja, volto para o nosso quarto, abrindo a porta com um dos pés e com cuidado para não fazer barulho. Minha vista demora para se acostumar um pouco com o ambiente escuro enquanto coloco a bandeja em cima da mesa de cabeceira.
Quando penso em chama-lo, escuto a campanhia tocar no andar de baixo e faço um biquinho frustrado. Espero que algum dos organizadores abra a porta para a pessoa, mas sei que não farão isso sem autorização. Deixo meus ombros caírem em derrota e giro sobre meus calcanhares, saindo novamente do quarto e descendo às escadas.
Me desvencilho de algumas pessoas que correm de um lado para o outro com itens de decoração, até chegar em frente a porta. Solto um suspiro, fechando meu hobby de cetim na cor preta e ajeitando meu cabelo antes de abrir a mesma. Forço um sorriso com as imagens que vizualizo em minha frente.
Família Gavira.
Auroras, Pablo pai e Javi.
Todos com um sorriso em seus rostos, enquanto a irmã mais velha de meu namorado carrega um bolo com uma vela no topo, com o número 19. Seu namorado está segurando alguns balões e meus sogros estão com algumas sacolas de presentes em mãos.
Me sinto suar frio. Eles ainda não tem a nossa confirmação sobre a gravidez e muito menos, que estou morando definitivamente aqui. Mas me vendo vestida com um hobby, que está cobrindo minha camisola de renda e extremamente curta, com a cara levemente amassada e totalmente a vontade, creio que já obteram uma resposta.
Junto forças para me manter em pé sobre minhas pernas que estão bambas como gelatina e infelizmente nem é por ter passado a noite com Gavi. É por medo e falta de reação diante da situação que me encontro, todos estão me mirando com expectativa. Preciso fazer alguma coisa antes que eles me achem uma louca.
- Bom dia, gente - sorrio, os cumprimentando - entrem - abro passagem para eles que logo adentram a casa
- Estava com saudades, cunha - Aurora me cumprimenta com um beijo na bochecha e eu logo retribuo
- Eu também, Rora. - respondo, a chamando pelo apelido carinhoso que costumamos a chamar
Em seguida, cumprimento Javi e os pais de meu namorado, agradecendo mentalmente por nenhum olhar para minha barriga. Se tem uma coisa que a família Gavira costuma ser, é discreta. Dificilmente as pessoas se sentem acuadas perto deles, são muito acolhedores, não tenho dúvidas disso. Meu medo é por estar carregando em meu ventre um neto deles, um sobrinho para Aurora e Javi, um novo membro da família.
