1

1.5K 128 42
                                    

Aqui estou eu no Japão, indo para uma escola de delinquentes porque a maldita Febem me recusou.

Sou Sn Cardoso, uma paulista de 15 anos, 1,70 de altura, pesando 59 quilos, sem tatuagem, só com dois piercings, considerada uma delinquente por não me comportar como as garotas da minha idade.

Fui para a Febem depois de quebrar um abusador na porrada. Não sei por que fui presa, sendo que quem estava molestando crianças era ele!

Também teve o lance de mandar uma sala de quarenta alunos para o hospital. Moleques folgados, quarenta marmanjos querendo passar a mão em mim só porque era a única menina da sala. Eles pediram para ir para o hospital.

Além disso, mandei aquelas meninas que faziam bullying com os mais fracos para o hospital também.

É, eu realmente só atraio problemas, mas cara, tinham que me mandar para o Japão só por coisinhas bobas?

Pior foi ouvir meus pais dizendo que era um alívio. Outros bostas. Eles nunca fizeram questão de me ajudar quando precisei e jogaram toda a responsabilidade em cima de mim. Queriam que eu fosse para a igreja rezar pelos erros deles? Me poupe.

Dois sujos usuários de drogas querendo me julgar. Nunca coloquei aquela merda na boca. Só gosto de brigar mesmo, me faz sentir viva. O sangue fluindo rapidamente pelas minhas veias. Não importa a técnica de luta que eu use ou tente aprender, sempre vou superar e usar em brigas de rua.

Deve ser por isso que ninguém se mete comigo.

Estava chegando no bairro onde vou morar, estou com o uniforme da escola porque não achei outra roupa. As aulas só começam amanhã.

Uma gritaria me tirou dos meus pensamentos. Quando olhei, era um monte de caras contra um e uma garota estava sendo refém.

Soltei minhas coisas e já cheguei na voadora.

Sn: Ei, seus bostas! Não têm vergonha, não? Um bando de macho usando uma dama como refém?

Todos começaram a me olhar incrédulos.

Sn: Corre daqui, garota, não olha para trás e não se preocupe, eles não vão passar daqui nem se chorarem muito.

Um garoto de cabelos brancos e pretos, olhos de cores diferentes. Gostei.

Sn: O garoto bonito que também é do furin, se você também é um delinquente, com essa cara fechada, você é sim... bom, vamos descer a mão neles, depois quero sair na porrada com você... você parece forte, haha.

Com isso, corri dando chutes e socos nos caras à minha frente. Sou negra e, pela agilidade, ganhei um apelido carinhoso: felina da noite, só pela cor da minha pele. Achei ruim? Claro que não.

Sn: Ei, moleque, você é mudo? Se não for, vamos competir para ver quem derruba mais! Já derrubei 20.

Os moradores começaram a torcer e os caras a se irritar. Surgiram cinco caras do bueiro e foram lutar também. Aquela menina não fez nada do que falei, fez totalmente o contrário, já que estava falando com o bonitinho, que por sua vez foi defendido por um dos cinco caras.

Derrubei mais um e estava rindo muito durante a briga.

Sn: Morre, vai! Vai morre! Falece aí! - Chutei o cara que parou longe e eu gargalhei. Quando olhei, não tinha mais ninguém em pé, então me joguei sentada no chão rindo.

Os moradores vieram agradecer a ajuda, eu estava sentada um pouco afastada olhando eles agradecendo os delinquentes.

Sn: Porra, se fosse no Brasil eu ia estar tomando umas vassouradas por ter feito o certo, haha.

??: Você está machucada, jovem? Deixa que nós cuidamos dos seus machucados.

Sn: Oi, senhora, não se preocupe, quando chegar no meu quarto eu limpo isso. - Falei com um sorriso ao olhar para a senhora, que não estava sendo gentil.

??: Ei, garota! Você é uma delinquente?

Sn: E se eu for, tio? Tem algum problema? - Tava bom demais para ser verdade.

Moradores: Ela foi incrível! Defendeu a Kotoha, um único chute e o cara estava no chão!

Sn: Calma, galera, tenho certeza que eles também fariam aqueles pelassacos deitar com um único soco.

Falei rindo.

??: Realmente é raro ver uma mulher sendo uma delinquente.

Sn: Acontece. - Me levantei. - Boa sorte para vocês, vou pegar o beco.

Dei tchau e fui andando. Aqui vai ser animado.

Beijos! Até o próximo capítulo ✨

A Nova Delinquente Onde histórias criam vida. Descubra agora