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A conexão entre a garota e seus colegas estava aumentando, e a escola inteira comentava sobre como ela estava lutando bem contra os Keel. Ela não se importava com todos os boatos que surgiam. Sabia que estava sendo observada desde a saída do hospital, e não era só por Sakura e seus amigos.

Sn: O que será que o destino me reserva...

??: Isso só o futuro pode te responder. – A garota, que estava sentada preguiçosamente encostada na parede, se assusta ao olhar para quem falava ao seu lado.

Sn: Seu plantador de tomate... Um dia eu ainda vou infartar, e a culpa vai ser toda sua!

Ele gargalha, e a garota bufa.

Umemiya: Está melhor?

Sn: Sim, com uma cicatriz irada, mas estou bem. – Fala levantando a blusa e mostrando a cicatriz deixada.

Ele começou a rir dela, e ela ficou sem entender.

Umemiya: Você quase matou todos nós de susto, que bom que está bem.

Ela olhou para ele e abriu um largo sorriso, antes de ambos escutarem uma discussão muito acalorada.

Como a boa curiosa que era, foi ver o que estava acontecendo. Ao chegar, viu um dos Reis discutindo com Sakura, e a conversa estava bem quente.

Sn: Está tudo certo aqui? – Claramente não estava, mas ela perguntou para que olhassem para ela.

Sakura: Não está tudo bem, não! O Nirei já pediu desculpas, cara, o que custa aceitar isso?

??: O que adianta as desculpas se estou todo sujo?

Sn: Já ouviu falar em água e sabão, meu querido? Olha, eu super indico essa fórmula revolucionária usada pelos incas e maias.

O quatro-olhos me olhou com raiva e caminhou até mim.

??: Repita.

Sn: Também quer alguma coisa para limpar o ouvido?

Quando ele ia me responder, Hiragi se colocou entre nós.

Hiragi: Vamos nos acalmar, especialmente você, Sn. Saiu do hospital esses dias e já está procurando encrenca?

Sn: Fazer o quê, meu nobre, é meu jeitinho. – Falei abraçando ele, que ficou vermelho. – E foi o zoiudo que começou.

Ele suspirou fundo e deu um soco leve em mim e no quatro-olhos.

Hiragi: Ajam como pessoas crescidas e parem de arrumar confusão! Você faz parte dos Reis Divinos, Mizuki! E você, Sn, é líder de sala! É esse o exemplo que querem passar?

Eu e o quatro-olhos fizemos bico pelo cascudo que tomamos.

Sn: Pra que agredir, moço?

Mizuki: Só ela devia ter tomado o cascudo...

Sn: Fala na minha cara, retrovisor de Fusca!

Mizuki: O que você falou, estrangeira?!

Meus colegas me seguraram enquanto o outro era contido por Hiragi e Umemiya. Todos riam da situação, exceto Hiragi, que estava a um fio de perder a paciência.

Sakura: Calma, maluca.

Suō: Sn, não se altere.

Tsugeura: Sua estética é hilária.

Nirei: Sn... você tem que dar o exemplo!

Eu parei e comecei a rir junto com meus colegas. Deixei Hiragi sem entender nada, e não só ele, o quatro-olhos também estava perdido.

Hiragi: Vocês dois... vão acabar me matando de dor de cabeça um dia. – Ele suspira e esfrega a testa, claramente tentando manter a compostura. – Vocês são líderes agora, pelo amor de Deus, comecem a agir como tal!

Sn: Ah, Hiragi, relaxa... não dá pra ser perfeita o tempo todo. – Eu brinquei, piscando para ele, mas ele só balançou a cabeça, exasperado.

Sakura, percebendo que a situação poderia piorar, decidiu intervir antes que a coisa toda saísse do controle.

Sakura: Gente, chega. Sn, Mizuki, vocês dois precisam parar com isso, sério. Estamos todos no mesmo barco aqui.

Mizuki olhou para Sakura com uma expressão que misturava frustração e irritação, mas não falou mais nada. Ao invés disso, ele apenas bufou e virou de costas, saindo da discussão.

Mizuki: Eu não tenho tempo pra isso... – Murmurou, antes de desaparecer no corredor.

Eu soltei um suspiro aliviado, contente por ele ter finalmente ido embora, mas sabia que aquela história ainda não tinha acabado. Mizuki claramente guardava um ressentimento e, mais cedo ou mais tarde, isso iria explodir de novo.

Sn: Aí, galera, desculpa pela confusão... foi mal mesmo. – Eu disse, olhando para os meus amigos que ainda riam baixinho da situação. – Mas não dava pra perder a piada, né?

Umemiya: Não muda nunca, Sn... não muda nunca.

Todos nós rimos, e eu me senti relaxar, aliviada por o clima estar mais leve novamente. Mesmo assim, a sensação de que algo estava por vir ainda pairava sobre mim. A cada dia, os boatos sobre mim só cresciam, e o fato de eu estar sendo observada por tantos olhos me deixava inquieta.

Depois de mais alguns minutos de conversa fiada, o sinal tocou, indicando o fim do intervalo. Nos despedimos e cada um seguiu para sua próxima aula. Mas, enquanto caminhava pelos corredores, senti um calafrio percorrer minha espinha. Instintivamente, olhei para trás, mas não vi ninguém.

Sn: O que será que o destino está preparando pra mim...? – Murmurei para mim mesma, enquanto apertava o passo, tentando afastar o pressentimento ruim.

Mesmo com todas as brincadeiras e momentos de descontração, algo me dizia que aquilo era só o começo. E eu precisava estar preparada para o que viesse.


Beijos. Até o próximo capítulo ✨

A Nova Delinquente Onde histórias criam vida. Descubra agora