Sn foi colocada em um colégio de delinquentes depois de nem mesmo a Febem querer a jovem garota-problema. Como último recurso, seus pais a mandaram para uma escola de delinquentes no Japão. Agora, ela é a única delinquente mulher em uma escola tomad...
Primeiro dia de aula! Estou animada? Claro que estou. Ouvi dizer que tem muitos caras fortes lá. Será que vou ter a oportunidade de brigar com algum deles?
Minha barriga começou a roncar e me vi obrigada a levantar.
Tomei um banho e finalizei meu cabelo, coloquei meu uniforme e peguei dinheiro para tomar café em algum lugar.
Sn: Tenho que fazer compras… e arrumar um emprego. Desse jeito, vou gastar todo meu rico dinheirinho. – Falo manhosa.
Tranquei minha casa. Bom, eles sendo ou não delinquentes, devem estudar, então coloquei um caderno e canetas. Eu sou uma marginal? Sim, mas sempre priorizei meu ensino.
Acabei entrando no mesmo lugar onde comi ontem.
O gatinho estava aqui também. Sorri e me sentei uma cadeira de distância dele.
Sn: Bom dia, moça bonita.
Kotoha: Bom dia. Você também é do Furin?
Sn: Sou, primeiro ano. Não sei o que escolher… – Falo, olhando o cardápio.
Ela riu baixinho e colocou um omelete e um suco de laranja na minha frente. Sorri de orelha a orelha.
Sn: Obrigada pela comida. – Ataquei aquele omelete que estava incrível!
Após terminar de comer, eu paguei.
Sn: Obrigada, estava uma delícia.
??: Você é muito legal para uma delinquente.
Sn: E quem te falou que, por ser uma marginal, eu tenho que tratar as pessoas com falta de respeito? Sou delinquente, não uma otária.
Kotoha: Está vendo, Sakura? Às vezes, marginalizam as pessoas e nem sempre elas são ruins.
Sakura… gostei, esse nome combina com ele.
Sakura: Aposto que quando o perigo estiver em grande escala, ela vai fugir.
Em um movimento rápido, o peguei pela gola, puxando-o para perto.
Sn: Olha aqui, eu não vejo necessidade alguma de tratar as pessoas de forma rude só porque me tratam assim. Eu não ligo para quantas vezes vão me chamar de fracassada ou perdedora por ser uma delinquente. Uso minha força para me proteger. Se acabar ajudando alguém, é bônus. Não fala mais do que você sabe. O peixe morre pela boca, então para de julgar as pessoas só porque algumas escórias o julgam por ser quem é. – Joguei-o sentado. – Me desculpe, Kotoha, não queria causar confusão no seu estabelecimento.
Me curvei para ela e saí. Quem ele pensa que é? Eu não desmereci ele em momento algum para ele vir me tirar de palhaça.
??: Oi, garota! Obrigada por ontem.
Sn: Disponha, tio! Qualquer coisa, dá um grito e eu ajudo. – Falei sorrindo e dando tchauzinho para ele.
Todos do bairro me cumprimentavam e me tratavam como gente. Achei incrível.
Todas as lojas pelas quais eu passava na frente me davam alguma coisa… nem vou precisar fazer compras assim…
Tive que voltar para casa para guardar as coisas.
Quando estava indo para o Furin, vi uma moça puxando o Sakura e resolvi segui-los.
Em um beco, um loiro estava apanhando. Meu sangue ferveu. Assim como eu, o Sakura também correu e ambos chutamos um cara.
Sakura: O que você está fazendo?
Sn: Escutei um barulho e minha curiosidade me trouxe aqui. Pivete, você está bem?
Ele não me respondeu.
Sakura: Odeio pessoas fracas que falam que são fortes batendo nos mais fracos.
Sn: Falando assim, você até parece gente.
??: Vamos nos divertir com essa garota. Ela é mais bonita que a outra, tem mais curvas.
Sn: Claro que vamos brincar. – Falo com um sorriso.
??: Moça…
Sakura e eu demos uma surra nos caras e o loirinho estava chorando. Sakura deu as costas e eu me abaixei para ver o que ia acontecer.
Ele chorava e falava umas coisas que eu não entendia. Quem disse que para ser delinquente precisa ser forte? Tem que ser inteligente, isso sim.
Sakura: Para de chorar… assim você mostra que é mais forte.
??: Você falou que chegaria no topo dos delinquentes… e eu vou te ajudar, Sakura. – Ele levantou a cabeça e Sakura parou olhando para o loiro.
Sn: Chegar no topo? Com essa arrogância? Não… dessa maneira, não importa se você é bom de briga, sem carisma e um pouco de paciência você não chegará no topo. – Me levantei fazendo o caminho contrário. – Para estar no topo, tem que fazer alianças, construir amizades e conquistar pessoas que te admirem e queiram estar ao seu lado… e você está afastando as pessoas com sua casca de proteção.
Ambos estavam olhando enquanto eu andava no caminho contrário ao deles.
Sn: Eu vou chegar no topo também… – Falo com um fraco sorriso.
Beijos. Até o próximo capítulo ✨
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