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Eu acordei e não estava na minha cama.

Sn: Então não foi um sonho…

??: Ia ser o sonho mais louco que você já teve.

Sn: Puf, o sonho mais louco que já tive foi com uma borboleta que cuspia fogo. — Falei olhando para Sakura, que estava em pé me observando com um sorriso.

Sakura: Que bom que você não morreu. — Seu olhar e sorriso continham ternura.

Antes que eu pudesse responder, Nirei e Choji se jogaram em cima de mim.

Nirei: Sn! Não me assusta assim, poxa!

Choji: Você é maluquinha, né? Quem é o doido que se joga na frente de uma faca?

Sn: Vocês estão me esmagando… — Falei com dificuldade.

Eles saíram de cima de mim depois que alguém os puxou pela orelha.

Kotoha: Vocês dois não têm juízo? Ela acabou de acordar, saiam de cima dela. — Eu estava com medo por eles. — Que bom que está bem, Sn. Fiquei preocupada.

Seu sorriso de alívio me fez sorrir também. Virei o rosto e olhei pela janela.

Aos poucos, o quarto foi ficando lotado. Meus colegas trouxeram comida e flores.

Olhando para eles, sorri. Eles não precisam saber que eu voltei por causa deles…

Cinco dias no hospital, e não teve um único dia em que um deles não estivesse aqui por horas.

Médica: Bom dia, parece que alguém vai ter alta hoje. — A doutora falou com um sorriso.

Sn: Nossa, doutora, essa foi a melhor notícia que já recebi. — Falei animada.

Fizemos alguns milhares de exames e eu estava liberada. Kotoha já tinha me entregado roupas para quando eu recebesse alta.

Quando finalmente fui liberada e estava saindo, toda animada, fui atacada.

Kotoha: Sn! Que bom que já recebeu alta. Vamos?

Sn: Oi, pessoal, não precisavam vir até aqui só para me buscar. — Falei abraçando Kotoha, que sorria animada.

Sakura: Eles que insistiram. — Falou emburrado, com as bochechas um pouco avermelhadas.

Mitsuki: Corta essa, Sakura. Foi você quem lembrou que ela ia receber alta hoje. — Ele falou com a mesma preguiça de sempre, mas dava para ver que estava implicando com o Sakura.

Sn: Ah, que bonitinho! — Falei com uma voz fina, como se estivesse falando com uma criança, e ele já se estressou, me fazendo gargalhar. — Ai, que fome… Não aguento mais comer sopa sem tempero.

Falei reclamando, e minha barriga roncou alto. Eles gargalharam.

Suō: O pecado. Não estavam te alimentando, Sn? — Seu sorriso mudou.

Sn: Eles estavam me matando de fome, Suō. — Falei fazendo bico, andando ao lado dele. Ele me abraçou de lado e eu não neguei.

Sugishita: Está muito perto, não acha, Suō? — Eu não tinha notado ele até ele falar e eu alarguei meu sorriso.

Sn: Sugi! — Pulei nele, rindo.

Todos: Para com isso! Seus pontos vão abrir, sua tapada!

Se até Nirei gritou comigo, quem sou eu para desobedecer?

Sn: Parem de ser tão chatos! Quando estava indo para o outro lado, eu não fui por vocês e vocês gritam comigo? Eu devia ter ido com a Sami. — Falei emburrada.

Eles pararam, sem entender quem era Sami. O único que entendeu foi Sakura, que ficou com uma expressão que não entendi.

Ele abaixou a cabeça e eu sorri para eles.

Sn: Vamos! Eu tô com fome! — Voltei ao meu pico de energia, bem serelepe.

Estava contando para eles como foi horrível passar esse tempo no hospital. Eles ainda se perguntavam quem era Sami, mas não falaram nada.

Quando chegamos no restaurante da Kotoha, ela fez meu prato favorito.

Meus olhos brilhavam.

Sn: Ahh! Eu te amo, Kotoha! — Peguei o prato, agradecendo pela comida.

Não era um prato muito "elaborado", era arroz frito. Mas isso não impedia de ser o melhor arroz frito que já comi.

Nirei: Sn… — Falou receoso.

Sn: Hm? — Estava mastigando e ele queria conversar?

Nirei: Quem é Sami? — Todos o mataram com o olhar, mas eu sorri.

Sn: Minha irmã. — Um sorriso largo surgiu em meus lábios.

Sakura: Nirei, depois você faz seus questionamentos. — Ele estava sério. — Ela acabou de sair do hospital.

Nirei: Mas…

Sn: Tranquilo, pessoal. Deixa ele perguntar. — Falei, terminando de limpar o prato.

Todos: Você já comeu!

Sn: Credo… quase corri.

Tsugeura: Sua estética é diferente… — Ele falou meio assustado.

Sn: Podem mandar as perguntas. — Falei, me arrumando na cadeira. Já sabia que em algum momento começariam a me questionar sobre minha vida, então não fiquei surpresa ou desconfortável.

Não é sempre que falo sobre minha família e vida; não por ficar desconfortável, mas se ninguém me perguntou, eu não vou sair falando.

Nirei: Você realmente… como eu falo isso… — Ele procurava palavras.

Sakura: Você realmente matou o cara que assassinou sua irmã e avó?

Sn: Sim. — Respondi de forma simples. — E não me arrependo, por isso fui mandada para cá.

Eles estavam processando as informações.

Sn: Todos nós temos um passado pessoal. Alguns passados são bons, outros não. E eu me enquadro na segunda opção.

Nirei: Por que ele matou elas?

Sn: Ele foi roubar minha avó, e Sami não me esperou, correndo na minha frente… — Suspirei fundo. Não é porque não me importo em contar que já parou de doer. — Acabei ficando para trás, já que outro grupo me cercou… Quando escutei o barulho dos tiros, eu derrubei todos os caras e corri… uma pena que já era tarde…

Respirei fundo e sorri fraco, uma lágrima escorreu.

Nirei: Desculpa…

Sn: Tranquilo. Vocês não têm culpa do passado.

Beijos. Até o próximo capítulo ✨

A Nova Delinquente Onde histórias criam vida. Descubra agora