A Nova Delinquente

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Masaki: Vocês têm...

Sakura: Cala a boca... Eu já estou me estressando com você, isso sim. – Cutucou ele com o cotovelo, rindo.

Sn: Calma.

Estávamos indo para onde eles indicaram na foto. Eu estava tranquila, talvez até demais, porque queria mostrar a eles como é mexer com uma pantera. Eles parecem se esquecer de que gatos observam e estudam suas presas antes de, finalmente, começar a brincar com a caça.

Masaki: Sn... Eles... eles são perigosos. Eu não quero te colocar em perigo.

Sn: Vai dormir, criatura! Acha mesmo que eu não estou cuidando da movimentação deles? – Falei, rindo. – Se tem uma coisa que eu gosto é de brigar com gente forte, e se eles são os "brabos", vamos ver quem aguenta mais.

Minha confiança não era só pelo fato de metade do Furin estar lá. Eu realmente não sou o tipo de pessoa que foge de uma boa briga.

Nirei: Hm... – Ele murmurou, lendo seu caderninho. Nirei era como um glossário ambulante dos delinquentes, e eu amava isso nele. – Segundo as informações que tenho, não sabemos exatamente como essa gangue se formou. A única coisa que sabemos é que eles cometeram vários crimes graves. E, segundo rumores, é um grupo extremamente perigoso.

Sn: Perigoso, é? Sabe algo sobre os membros? – Perguntei, animada.

Nirei: Desculpa... Não tenho nenhum nome além do Nagato... – Ele falou, meio desconfortável. – Sn, a gente também não sabe muito sobre você... Você é tão fantasma quanto eles...

Sn: Ih, calma lá. Se quer saber mais, vai anotando. – Falei, rindo. – Já fui presa na Febem, já mandei mais de quarenta caras para a emergência quase mortos por quererem dar de "fodões" para cima de mim, quebrei mais da metade da minha sala por causa de bullying. – Meu sorriso foi sumindo de meus lábios. – Matei o assassino da minha irmã... e da minha avó.

O silêncio caiu pesado no ar. Eu continuei caminhando, tentando afastar a raiva que começava a borbulhar dentro de mim. Passei as mãos pela nuca, forçando um sorriso forçado para disfarçar.

Sn: Não vou contar o resto agora para não matar vocês de depressão. Vamos logo, estou louca para quebrar uns putos.

Ninguém me questionou, mas dava para sentir a tensão no ar. Masaki olhou para mim, preocupado, mas não ousou dizer nada. Nirei hesitou por um segundo antes de anotar algo no caderninho, provavelmente com a mão um pouco trêmula.

Ren: Primeiro ano, vamos ter que mudar a estratégia. Infelizmente, temos que resolver uma coisa! Como é da sala de vocês, vocês resolvem. Se não conseguirem, voltamos!

Sn: Por que você está gritando, seu acéfalo? Fica na paz, a gente resolve. – Falei, sorrindo.

Eles foram para o outro lado, e não demorou muito para chegarmos ao nosso destino. O lugar parecia um barracão abandonado, cercado por lixo e vegetação crescendo pelas paredes. Quando vi que a porta estava trancada com correntes, comecei a rir.

Sugishita: Eu abro.

Sn: Deixa com a mãe aqui. – Dei dois tapinhas no ombro dele e dei dois passos para trás. – Saiam da frente.

Com um movimento rápido, dei uma voadora na porta, que se abriu com um estrondo.

Sn: Boa tarde, meus consagrados! Foi aqui que pediram delivery? – Gritei, gargalhando.

Sakura: Você é exibida. – Ele falou com a cara fechada, mas era impossível não rir da situação.

Dentro do barracão, havia duas figuras. Uma garota e mais um rapaz, ambos com aparência deplorável. Pareciam ter sido espancados recentemente. O cheiro de mofo e poeira impregnava o ar.

Nirei: Os Keel.

Sn: Não era Dragão Azul? – Perguntei, confusa.

Mitsuki ria baixo, o som discreto quase se perdendo no ambiente. Suō esboçou um sorriso sarcástico, enquanto mantinha os olhos fixos em mim, como se me estudasse. Já Tsugeura, por outro lado, gargalhava alto, um riso contagiante e irritante, que ecoava pelo barracão, aumentando a tensão do momento.

Tsugeura: Hahaha! Você achou que estava lidando com o Dragão Azul? Isso aqui é muito mais divertido! – Ele continuou rindo, o som ressoando nas paredes de metal como um aviso de que as coisas não seriam tão simples.

Sn: Mais divertido, é? – Falei, cruzando os braços, levantando uma sobrancelha. – Bom, eu adoro uma surpresa. Vamos ver o quanto vocês conseguem me entreter, então.

Beijos. Até o próximo capítulo ✨