Sn: Adoraria ver você tentar… - Falo com um sorriso meigo.
Nirei: O que vocês estão cochichando?
Hiragi: Vamos logo, vocês dois.
Sn: Obrigada, dobro e passo para o próximo. Eu tenho que ir para casa fazer comida e dar banho no meu peixe.
Nirei: Assim! Boa sorte, Sn! Cuida bem do seu peixinho. - Tanto o Hiragi quanto o Suō e eu olhamos incrédulos, mas quem sou eu para questionar a lerdeza dele?
Mais que rápido, deixei eles para trás.
Sn: É ruim, é capaz de eu dar outro soco na cara do Umemiya só pela audácia deles.
Fiz a curva e lá estava o Sugishita. Passei reto e ele começou a me acompanhar.
Sn: Eu não vou.
Sugishita: Eu nem falei nada.
Sn: Mas ia falar.
Sugishita: Só estou te acompanhando.
Sn: Eles estão esperando vocês no café da Kotoha. Eu, se fosse você, não atrasaria para ver seu querido Umemiya.
Sugishita: Só vou deixar você em casa e vamos. Eu pago seu jantar.
Sn: Ui, que romântico você. Obrigada, mas não. Eu já bati nele hoje, se eu bater de novo, quebro ele.
Sugishita riu baixinho, para um cara calado ele até que é legal quando não está babando ovo do Umemiya.
Sugishita: Também não achei certo o que está em jogo nessa briga. Não acho legal essas coisas de aposta, ainda mais quando a pessoa não quer ser apostada. Mas não precisava dar aquele porradão na cara dele na frente da escola inteira.
Sn: Eu ia plantar ele igual aquele plantador de tomate faz. Quando eu pegar aquele nanico, ele que me aguarde… quero dar tanta porrada nele que nem a mãe dele vai o reconhecer.
Falo e ele riu. Calma, ele riu? Gente, ele riu! Achei que ele só ficava com essa cara de bunda.
Peguei as chaves e ele me seguiu. Destranco a porta.
Sn: Vem, entra. Só não repara a bagunça, ainda tenho que arrumar a casa.
Sugishita: Mas é só a compra fora do lugar… nossa, aqui é bem aconchegante. - Ele fala olhando ao redor.
Sn: Por enquanto é o que temos pra hoje, ainda tenho que comprar algumas coisas para ser aconchegante… - Percebi que ele fixou o olhar no quadro.
Sugishita: Sua família é linda… por que te mandaram para o Japão?
Sn: Meus pais me mandaram. Elas são minha avó e minha irmã caçula.
Sugishita: Por que elas não impediram sua vinda? - Eu senti uma pontada no peito, respirei fundo e sorri fraco para ele.
Sn: Elas são o motivo por eu querer ser mais forte… em um assalto nas ruas de Guarulhos, elas acabaram sendo os alvos… ambas estão mortas… - Falo com um fraco sorriso e pude ver ele ficar em choque.
Sugishita: Desculpa… desculpa… eu não sabia.
Sn: Não se preocupe, já tem alguns anos que isso aconteceu… - Me viro guardando as frutas e legumes.
Ele ficou calado e de cabeça baixa. Eu terminei de guardar e quando ia pegar outra sacola, ele me pegou no colo e eu acabei dando um gritinho pelo susto.
Sugishita: Vem! Vamos falar que não vai ter essa briga. Eles não podem sair assim apostando sem ao menos se preocupar com o que a pessoa sente.
Sn: Cara! Achei que estávamos virando amigos, seu mongolóide! Por acaso quer me infartar?
Ele deu uma risada tão gostosa de se ouvir.
Sugishita: Eu achei que ia ser nocauteado. Mas por esse risco valia o preço. - Fala me apertando um pouco contra o peito.
Ele é bem bonito, não vou mentir, mas cara, eu quase fui jogar no Vasco e eu sou palmeirense.
Sn: Tá, me desce agora, eu vou porque você quem vai pagar meu jantar.
Sugishita: E nossa amizade? - Fala rindo.
Sn: Você quem ofereceu, vem não filhão.
Estava calor, então acabei colocando um pedaço da camisa do Palmeiras dentro do sutiã e ele ficou me olhando com uma sobrancelha arqueada e não falou nada, mas pelo olhar me julgava ser doida.
Fomos andando e conversando, na minha casa ele estava mais falante, na rua ele ficou mudo e com uma carranca.
Chegamos e eu me sentei no balcão.
Nirei: Oi, Sn! Já deu banho no seu peixinho?
Sn: Oi, Nirei, sim. - Falo contendo o riso.
Sugishita: Peixinho? Que peixinho? Eu não vi nenhum peixe na sua casa.
Sn: Faz um favor e fica quietinho igual antes, sim? - Falo sorrindo, mas querendo matar ele.
Suō: Eu falei que garotas merecem punição e você não está se comportando bem, Sn… - Gente, ele estava lá do outro lado e chegou aqui tão rapidinho.
Nirei: Fui tapado… de novo.
Kotoha: Oi, Sn.
Eles não vão me deixar falar mais?
Sn: Oi, Kotoha. - Ignoro o Suō do meu lado, que deixa escapar um riso que invade meus ouvidos. Eu estou pagando para ver essa punição… meu senhor, como eu sou depravada em imaginar essas cenas com ele. Maldito tapa olho…
Beijos. Até o próximo capítulo ✨ só avisando que eu não vou parar de escrever por alguns comentários maldosos de algumas pessoas sem ter o que fazer. 🤍✨

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A Nova Delinquente
FanfictionSn foi colocada em um colégio de delinquentes depois de nem mesmo a Febem querer a jovem garota-problema. Como último recurso, seus pais a mandaram para uma escola de delinquentes no Japão. Agora, ela é a única delinquente mulher em uma escola tomad...