Voltei para casa e, de alguma maneira, não me perdi no caminho.
Estava chovendo e alguns dos moradores da área onde moro ficaram preocupados.
??: Meu Deus, minha jovem! Venha, saia da chuva!
Sn: Está tudo bem, senhora. A chuva faz bem para o corpo; ela leva os problemas e medos embora — respondi com um sorriso para a senhora mais velha, que se admirou com minhas palavras. — A senhora sabe se tem alguma balada por aqui?
?? Eu estou preocupada que você vá pegar um resfriado, e você querendo festa? Infelizmente, não temos nada do tipo. Agora, por favor, saia da chuva…
Sn: Obrigada pela informação — curvei-me. — Vou para minha casa, não se preocupe. Obrigada.
Assim, fui para casa, tomei um banho e me deitei.
Onde eu estou… tenho certeza de que deitei para dormir…
Sono on
Sn: Eu conheço esse local…
Mesmo reconhecendo, segui em frente, como se corresse contra a minha vontade…
Era o que eu pensava… a vovó estava morta e a Sami estava quase partindo também.
Sn: Não, Sami! Não me deixe! Por favor! Não me deixe!
Eu estava lá, gritando e implorando por socorro, um socorro que foi negligenciado.
Trataram-nos como se fôssemos lixo… a partir desse dia, eu me tornei a melhor em tudo. Sami amava a vida, enquanto eu só queria dormir e desaparecer. A vovó amava cozinhar e eu era apaixonada por sua comida.
Antes de morrer, a desgraçada da minha irmã olhou para mim com um sorriso… aquele maldito sorriso…
Suas palavras ainda me assombram.
Sami: Viva… viva por nós duas, mana… aproveite o que eu não vou poder aproveitar…
Sn on
Acordei assustada, suada e com muitas lágrimas nos olhos.
Tomei um banho gelado para me acalmar, e mesmo assim, meu coração estava acelerado.
Já passavam das 22 horas e a chuva voltou a cair.
Apertei meus punhos e saí de casa correndo pelas ruas. Corri o mais rápido que pude.
Parei naquela mesma ponte, gritando.
Queria que aquele maldito desespero saísse do meu peito, que aquela angústia e dor me deixassem em paz.
Sn: Me deixe viver! Por favor! Me deixe viver pela Sami, sua maldita dor! Eu te odeio… Sami, por que você me deu esse peso… por que, Sami…
Aos poucos, fui me sentando, passando minhas pernas pelos apoios e deixando-as penduradas, enquanto apoiava minha testa nos ferros do parapeito.
Sn: Eu só queria desistir… eu não sou tão forte assim, Sami…
Minhas lágrimas misturavam-se com a chuva pesada que caía. Enquanto soluçava, a chuva parou de me molhar, mas eu ainda a via cair.
Sakura: Eu não sei por que você está assim, sendo quem você é… mas deve ser muito sério… afinal, até agora eu só te vi sorrindo… e acho que você fica melhor com o sorriso — ele disse, apesar de ser péssimo em consolar, dava para ver que estava se esforçando.
Sn: Obrigada, Sakura. Eu vou ficar bem… — falei, olhando a chuva cair.
Ele se sentou ao meu lado.
Sakura: Por que quer chegar ao topo?
Sn: Minha irmã pediu para que eu vivesse por ela… para fazer tudo o que ela nunca sonharia fazer — falei, com um pequeno sorriso nos lábios. — Ela era muito delicada para pensar em lutar, então com certeza ser a maior delinquente estava longe de estar na lista dela.
Sakura: É só ela se esforçar um pouco e eu tenho certeza de que ela será uma lutadora melhor que você — ele disse com deboche.
Sn: Com certeza ela seria…
Sakura: Por que seria? Diga para ela se mudar para o Japão e eu mesmo a ajudo a ser mais forte que você — falou com uma voz brincalhona.
Sn: Ela está morta…
Ele ficou pasmo.
Sakura: Eu não…
Sn: Não tem problema — levantei-me. Ele realmente não tem culpa por isso; não estou chateada com ele. Acho que ele só pensou que eu sentia falta por estar em outro país, e ele não estava totalmente errado. — Eu já vou indo. Boa noite, Sakura.
Beijos. Até o próximo capítulo ✨

VOCÊ ESTÁ LENDO
A Nova Delinquente
FanfictionSn foi colocada em um colégio de delinquentes depois de nem mesmo a Febem querer a jovem garota-problema. Como último recurso, seus pais a mandaram para uma escola de delinquentes no Japão. Agora, ela é a única delinquente mulher em uma escola tomad...