Eddie saiu do apartamento de Lilly sem se despedir dela tamanha era sua angústia. Ele só pensava em chegar em Seattle o quanto antes sem saber o real motivo de sua pressa: seu filho estava morto e Beth talvez não o quisesse ver nem pintado de ouro. Durante todo o trajeto até o hotel e a viagem de cinco horas, Eddie se manteve recluso e tudo que se podia ouvir dele eram alguns soluços.
- Cara, coitado do Eddie! Ainda me lembro quando ele chegou no hotel com uma sacola cheia de coisas que comprou pro filho. Ele estava ansioso por isso. - Mike comentou com Jeff.
- Foda! Isso porque você não viu o tanto de coisa que ele trouxe da Europa. Tudo que ele comprava era pensando no filho ou na Lilly. Era a família dele.
- Por que o Stone não veio???
- Ele não quis deixar a Lilly sozinha! Ela ficou desesperada se culpando pelo que havia acontecido e o Eddie nem falou com ela quando veio embora. Acho que ele ficou mexido e quis lhe fazer companhia. Mas, eles virão em outro voo mais tarde!
- Que situação, eu nem sei o que dizer pro nosso amigo. Está com a cara inchada de tanto chorar.
- Eddie é assim mesmo! Quando tá triste ou chateado, ele se isola. Vamos dar um tempo pra ele.
Quando o avião pousou em Seattle, Eddie foi direto a maternidade onde Beth estava internada. A mãe da moça, Dorothea Liebling, havia chegado algumas horas antes e já estava a par dos acontecimentos relatados pela enfermeira Anna. Um pouco antes de Eddie chegar a moça contou a ela como tudo se sucedeu:
- Ela estava nervosa desde ontem porque não conseguia falar com o pai da criança. Enquanto ele esteve na Europa foi tudo bem. Mas, bastou ele chegar em New York que ela enfiou na cabeça que ele iria atrás da tal Lilly.
- A moça com quem ele estava namorando? - Dorothea indagou.
- Sim, senhora. Beth ficou ligando no hotel sem parar e tudo que informaram é que Eddie estava nas dependências da emissora de tv onde ele iria se apresentar com a banda. Por mais que ele já houvesse dito a ela anteriormente que passaria o dia lá, ela insistia que ele deveria estar atrás da Lilly.
- Ela não estava de toda errada, não é? Olha.... minha filha e Eddie não estavam juntos e ele nunca prometeu nada pra ela, mas, ter ouvido os dois se pegando ao telefone foi demais pra ela....
- Eu só sei o que ela me contou, senhora. Como eu disse no dia anterior, ela ficou tão nervosa que chegou a atirar um copo em mim e, em seguida, me demitiu praticamente me expulsando de lá aos gritos. Eu peguei algumas das minhas coisas e saí porque quanto mais nervosa ela estivesse pior seria. Quando voltei no dia seguinte pra buscar o restante das minhas coisas, vi aquela cena triste: ela desmaiada de um lado e o bebezinho todo roxo ainda com o cordão umbilical.
- Pobre da minha filha! Deve ter sofrido horrores parindo uma criança sozinha! Mas, por que ela te demitiu? Só por que estava nervosa??? Ou foi você que quis ir embora após a tentativa de agressão?
- Não senhora! A verdade é que ela ficou zangada por eu ter lhe chamado a atenção quando ela procurou o maço de cigarros dizendo que queria fumar para lidar com a ansiedade. Estava nervosa por não conseguir falar com o pai da criança, por isso...
- Meu Deus... isso explica aqueles maços de cigarros vazio que encontrei na sala da casa. Onde minha filha estava com a cabeça? Ela não poderia ter feito isso!
- Senhora, eu também encontrei algumas garrafas de bebida vazias do lado de fora da casa como se tivessem sido arremessadas da janela. Antes de entrar na casa e ver aquela cena chocante, eu catei as garrafas e joguei no latão de lixo. Acho que ela também deve ter ingerido bebida alcoólica.
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Black - o filho do primo Josh *SAGA FASE 2*
FanfictionDepois da forma trágica como terminaram seu relacionamento, Eddie e Lilly seguiram caminhos opostos onde cada um precisava viver a sua história. No entanto, o reencontro veio, mas um dos dois não parecia disposto a retomar de onde pararam. Essa obra...