Capítulo 7 - Bitter hands

8 2 4
                                    

Seattle, WA

- Bom, infelizmente, a bomba que anunciei no dia de Reveillon estourou. - o empresário K. Curtis conversava com os integrantes da Pearl Jam sobre o caso de plágio.

- Porra, achei que as negociações estavam indo bem... - Stone se lamenta.

- Até estavam. Juntamente com nosso advogado conversamos com o tal Bruce Morris e o advogado dele sobre tratarmos tudo com sigilo. Mas, a proposta dele não foi aceita e o filho da puta não satisfeito, além de continuar com o processo ainda jogou bosta no ventilador dando declarações do caso para a Rolling Stone.

- Não existia uma forma de evitar isso, Eddie???

- Que forma você queria Stone?? O filho da puta do Bruce quis fazer um acordo onde ele ganharia metade dos direitos autorais da música. Acha isso justo se quem escreveu a canção fui eu??? Ele exigiu sua parte também por ter direito ao instrumental.

- Da onde esse cara tirou essa história de plágio, afinal? - Mike questiona.

- Ele apresentou uma cópia da letra com alguns trechos diferentes, mas 90 por cento semelhantes. - Curtis explica. - A tal cópia data de 1988. Ele disse que a original havia sumido e  somente se deu conta que foi Eddie quem supostamente havia roubado quando escutou a canção na rádio a primeira vez. Ele diz que desde então tem procurado falar com Eddie, mas que ele o tem ignorado.

- Aquele filho da puta nunca me procurou e eu sequer estou entendendo o que está acontecendo. Éramos amigos em San Diego e ele um dos que me apoiou quando Jeff e Stone me ligaram fazendo uma proposta de vir para Seattle ser vocalista da banda.

- E ele realmente é compositor?? - Jeff indaga.

- Sim, e dos bons... Ele tocava ukulele e sempre estava compondo canções. Eu o ajudava algumas vezes. Apesar de sermos amigos, tenho pra mim que Bruce sentia uma certa inveja porque eu era sempre chamado pra cantar em bandas e ele nunca conseguia oportunidades. Mas, nunca pensei que pudesse me apunhalar nas costas desse jeito.

- E o que vamos fazer agora pra provar que a música é do Eddie? A canção já foi até patenteada.- Stone questiona preocupado.

- Existe uma patente em San Diego dessa canção também. As duas não são cem por cento iguais, mas o tanto de semelhança já compromete os direitos autorais da banda. Isso vindo justamente agora enquanto estão trabalhando o segundo álbum é uma grande merda. - Curtis soca a mesa. 

- Não existe uma segunda opção de negociação? - Stone insiste.

- O cara está com a faca e o queijo na mão com essa patente que ele abriu em 1988 e o fato dele ter sido conhecido do Eddie só piora as coisas. Ele disse que ainda estaria disposto a dividir os direitos autorais. Caso contrário, ele vai continuar com o processo exigindo cem por cento dos direitos e ainda uma retratação pública por parte do Eddie. - Curtis diz irritado.

- O que nos diz, Eddie??? - Stone o pressiona.

- O mesmo de antes... Não roubei porra de letra nenhuma! Todo mundo aqui sabe que escrevi essa letra quando Lilly e eu terminamos e que ela retrata o que eu senti no momento. Esse cara não tem razão alguma de exigir nada sobre algo que não diz respeito a ele.

- Uma canção que ele também afirma ter escrito pra uma ex namorada e também afirma que você tinha conhecimento dela e ficou com a escrita original.

- Stone, eu não fiz nada disso!!! Se tem uma coisa que eu não sou é desonesto. Vocês, mais do que ninguém sabem o que essa música representa pra mim. Tanto sabem que me apoiaram quando eu não quis lançá-la como single ou ter um clipe na Mtv.

Indifference - Fingirei ser livre  *SAGA FASE 3*Onde histórias criam vida. Descubra agora