Seattle, WA - 2 de Maio de 1993.
- Está vendo isso, mãe??? O que foi que eu lhe disse??
- Estou chocada! Mas, que garota pilantra essa Verônica! - Karen Lee comentava com o filho e o marido enquanto analisava as fotos conseguidas pelo detetive Martinez que constatavam o envolvimento da faxineira Verônica Hope com Bruce Morris, o rapaz que ganhou o processo de plágio.
- Muito bom trabalho, Martinez! - Josh o cumprimentou.- O fato dele namorar Verônica é uma boa prova, mas precisamos arrancar uma confissão dela de que plantou o manuscrito original nas coisas do Eddie.
- Isso pode deixar comigo! - Eddie se prontifica.
- O que pretende fazer, meu filho?
- Usar meu poder de sedução, é claro! - debocha. - Essa garota é a típica menininha que gosta de se dar bem. Ela fica no pé do Bruce porque ele está em evidência devido ao processo e ganhando muito dinheiro com a minha música, mas ela já deu em cima de mim. Se eu conseguir convencê-la de que estou interessado nela e lançar umas conversinhas baratas, acho que consigo arrancar uma confissão.
- Mãos a obra, meu filho! - Josh incentiva.
- Josh! Não o incentive!
- Mãe, pelo amor de Deus, estamos falando de uma garota golpista e interesseira. Ela não é uma virgenzinha inocente que vai cair nas garras do garanhão aqui...
- Deixa, filho... Só omita os detalhes sórdidos da sua mãe que está tudo certo. Agora, Martinez, me diga qual o próximo passo porque só provar que o manuscrito foi plantado nas coisas do meu filho é insuficiente.
- Sim, estamos analisando o registro de patente. Parece que realmente há algo irregular. Exigi os arquivos tanto em papel quanto em computador que comprovem a data e a assinatura de quem reconheceu a patente. Ainda estão faltando alguns documentos e a assinatura não bate. Já entrei com a averiguação formal e é questão de dias para termos as informações que precisamos, e se tudo sair conforme estou pensando, você poderá reverter esse jogo Eddie.
- E mandar esse Bruce pra cadeia. - Karen Lee reforça.
- E ter minha dignidade de volta... e quem sabe, minha banda.
- Filho, você deveria partir em carreira solo... Não precisa deles.
- Não é tão simples assim, mãe. Eu gosto da minha banda e tudo que construí até agora não foi sozinho. Eu sou muito grato a todos eles que acreditaram em mim e me trouxeram pra Seattle.
- Gratidão é a melhor das virtudes. Parabéns, meu filho! - Josh o acalenta acariciando suas costas.
- Obrigado, pai! Provar minha inocência nesse caso do plágio é o que mais quero no meio disso tudo.
- Vai provar, meu filho. Questão de tempo.
- Você parece que não entendeu, Josh! - Karen Lee tenta explicar. - O que Eddie quer é jogar na cara da Lilly a acusação que ela lhe fez.
- Acho que você que não entendeu, meu amor. O que Eddie realmente quer é provar que foi honesto quanto aos seus sentimentos em relação a Lilly quando compôs essa música.
- Bom, e pra provar que nunca agredi a Beth, o que precisará ser feito? - Eddie desconversa não confirmando a suposição do pai ou da mãe.
- Essa parte é um pouco mais complicada devido a medida de proteção que ela fez contra você. - Martinez explica. - Ter ido visitá-la pessoalmente sem a presença do seu advogado foi um grande erro, Eddie. Você é uma pessoa pública e todos os seus passos devem ser devidamente calculados para que aquilo que você faz não seja usado contra você mesmo.
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Indifference - Fingirei ser livre *SAGA FASE 3*
FanfictionA saga continua. Após ter discutido com Lilly no dia do ensaio de casamento, Eddie acreditou ter perdido a batalha pelo amor daquela que inspirou sua canção mais triste. Por outro lado, Lilly estava furiosa com a atitude dos dois homens que juravam...