Capítulo 22 - Verônica

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Seattle, WA - 15 de abril de 1993

Eddie ainda passou uma semana detido na delegacia de Seattle, até que seu advogado contratado por Josh conseguiu que ele fosse favorecido com um habeas corpus. Josh e Karen Lee decidiram ficar um tempo em Seattle ajudando o filho e lhe dando o apoio que precisasse.

- Alguma novidade do detetive, pai?

- Qual deles? - Josh o questiona distraído.

- Como assim qual deles?? Quantos detetives contratou para investigar o caso de plágio?

- Ah, sim claro... Jason está em San Diego e está na cola do tal Bruce Morris, mas ainda não descobriu nada efetivo. Ele está investigando sobre a tal patente, fique tranquilo, filho, vai dar tudo certo.

- Amor, você disse Jason?? O nome do detetive que contratou para investigar o caso de plágio foi Ramon, não? Ele não se chama Ramon Martinez?? - Karen Lee repara na troca de nomes.

- Ah, claro... - Josh se atrapalha. - Eu estou confundindo com...com um outro funcionário da nossa empresa em Detroit.

- Sei... você está com cara de cansado, melhor ir descansar. E essa casa está precisando de uma faxina. Você não contratou aquela mocinha que eu te recomendei, Eddie?

- Ah sim, Veronica. Era ela quem fazia faxina pra mim enquanto eu estava... solto! - ironiza.

- Filho, não fale assim. Eu vou ligar pra Veronica vir me dar uma ajuda.

- Ligue pra Veronica pra fazer todo o serviço, meu bem! Não quero você fazendo faxina, por favor.

- Ora, pare de me mimar, Josh. Pois saiba que limpei essa casa aqui muitas vezes sozinha. Outras com a ajuda da ingrata da sua filha, mas nem vale a pena tocar nesse assunto.

Ao ver que a mão tocara no nome de Lilly, Eddie se retirou.

- Meu bem, não faça isso. Eddie ficou chateado.

- Eu não deveria ter citado Lilly. Reconheço que errei. Mas, depois eu falo com ele.

Com a visita dos pais, o rapaz deixou a suíte da casa para eles e voltou ao seu antigo quarto, mas nesse momento, ele resolveu ficar no cômodo que durante muito tempo pertenceu somente a Lilly.

Deitou-se na cama e acariciou os lençóis como se eles ainda pudessem exalar o cheiro da garota e fechando os olhos se deixou levar por pensamentos aleatórios que viveu com ela enquanto graciosamente ocupou aquele quarto:

Lilly levantou-se apressadamente puxando o cobertor para se cobrir e fechou os olhos quando percebeu que Eddie estava só de cueca.

- Mas, o que foi que... - Eddie estava confuso.

- Eddie, pelo amor de Deus, não me diga que a gente...- ela dizia ainda se escondendo atrás de um cobertor com os olhos fechados.

- O que? Não, nada disso, eu só... - o rapaz revirava a cama procurando uma bermuda e estava tão zonzo que era impossível achar alguma coisa.

- Eddie, o que eu estou fazendo aqui? Esse não é o meu quarto!!! Pelo amor de Deus, o que foi que a gente fez???? - procurava não falar alto pra que Karen Lee não os flagrasse.

Eddie achou a bermuda e vestiu-a ao contrário, obrigando Lilly a fechar os olhos de novo quando ele precisou retirá-la.

- Lilly, não é nada disso.... não houve nada... acontece que.... - tenta fechar a bermuda e procurar uma camiseta. - E-eu ch-cheguei ontem e quando vim pro meu quarto, eu te vi deitada aqui e não quis te acordar... aí eu acabei pegando no sono também...foi isso! Não houve nada, eu juro!!!

Indifference - Fingirei ser livre  *SAGA FASE 3*Onde histórias criam vida. Descubra agora