27. Merda

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(⚠️ Atenção, esse capitulo contém menção de tentativa de suicídio ⚠️)

Sarah Dixon 

Quando Carl e eu estávamos nos aproximando de nossa cela, pois precisaríamos pegar nossas coisas para entrar em quarentena, comecei a me sentir fraca de repente e não consegui mais segurar a tosse. Empurrei Carl para longe, com medo de que ele se infectasse, mas acabei caindo de joelhos no chão. Ao retirar a mão da boca após tossir, percebi que ela estava coberta de sangue. Embora Carl tenha tentado se aproximar, gritei um "não" antes que chegasse perto. Minha visão começou a ficar turva e então desmaiei.

Carl Grimes

Eu estava junto de Sarah porque íamos pegar nossas coisas. De repente, ela começou a tossir e me empurrou para longe, me deixando sem entender o que estava acontecendo. No momento em que me empurrou, ela caiu de joelhos no chão, com a mão na boca, tossindo intensamente. Fiquei assustado, mas meu pavor aumentou quando ela retirou a mão da boca e percebi que estava coberta de sangue. Tentei ir até ela, mas ela me impediu, desmaiando logo em seguida.

Fui até ela e a peguei no colo. Sarah estava completamente pálida e fraca. Com ela nos braços, fui até o bloco A. Gritei pelo Dr. S, que apareceu correndo. Ele me mostrou uma cela onde eu poderia deixar Sarah, que ainda estava desmaiada.

O Dr. S me obrigou a sair para evitar que eu também ficasse doente. Saí do bloco e me sentei perto da porta, encostando as costas na parede. Lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto. Eu havia pedido para ela não ir, para não correr o risco de adoecer, mas mesmo assim, ela ficou doente.

Depois de um tempo, Carol passou com algumas pessoas, deixando-as no bloco de celas. Ela acabou me vendo ali, sentado, perdido em pensamentos, refletindo sobre a merda toda que estava acontecendo.

-Carl? O que aconteceu? - Ela perguntou, enquanto se aproximava de mim.

-A Sarah ficou doente, mesmo eu não deixando ela ir pra aquela merda pra ajudar, ela ficou doente. - Falei sem chorar, mas agora eu estava puto.

-Eu sinto muito... Eu te entendo, a Lizzie também pegou. - Ela falou, me fazendo desviar o olhar dela e começar a olhar para o chão. - Olha, a Sarah é forte, ela vai sobreviver. - Carol falou, tentando fazer eu me sentir melhor.

-Eu não sei, os anticorpos dela não são tão fortes como o normal, ela sempre ficava gripada com facilidade... Eu não deveria ter deixado ela ir junto comigo quando o ataque do bloco aconteceu. - Falei, me culpando, e senti uma lágrima solitária escorrer pelo meu rosto sem a minha permissão.

-Eu tenho que ir agora, mas fica tranquilo, ela vai ficar bem. - Falou saindo do local.

Sasha passou por mim, pálida como Sarah.

Eu não podia ficar ali no bloco, e ficar do lado de fora também não ia ajudar. Decidi então ir para a minha cela, arrumei minhas coisas e segui para a quarentena.

Todas as crianças e adolescentes estavam lá, em uma parte abandonada da prisão, um escritório repleto de papéis jogados pelo corredor. Cada um de nós pegou uma sala. Havia muitos irmãos e poucos casais de adolescentes que permaneceram juntos. Sinceramente, espero que eles não façam nada de errado, se é que você me entende.

𝑻𝒉𝒆 𝑳𝒂𝒔𝒕 𝑳𝒐𝒗𝒆𝒓𝒔 𝑰𝒏 𝑻𝒉𝒆 𝑾𝒐𝒓𝒍𝒅  - Carl GrimesOnde histórias criam vida. Descubra agora