Calcifer Robber sempre enfrenta seus problemas com destreza, seja nas intrigas da corte de Hazop ou nas severas punições que enfrenta. No entanto, uma única preocupação tem perturbado sua mente: o belo e imprevisível cavaleiro real de Pondores, Haza...
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Calcifer geralmente não se importava com as punições que sofria. Desde sua última jornada com a princesa Savanna Chase, o máximo que sofreu foram algumas chibatadas por causa de sua rebeldia.
O elfo estava sentado em um pequeno banco na ala de treinamento, sem muito o que fazer, já que só poderia voltar às suas atividades normais na próxima semana.
Ele estava completamente entediado, ao ponto de pensar em ir ver como estavam as coisas na torre dos magos.
Desde o incidente na Torre de Mármore, Mark Lee, o mago regente, estava perturbado. Algo o incomodava tanto que até mesmo o elfo, embora embriagado, notou isso alguns dias atrás, quando saiu para beber nas ruas de Araran.
O elfo se perguntava o que tanto afligia o mago. Era o fato de terem o culpado por algo que não fez? Ou porque nem o próprio povo acreditou em sua inocência?
— Deveria ir vê-lo? — Calcifer murmurou para si mesmo enquanto olhava na direção da grande torre.
A Torre dos Magos era um lugar restrito, mas Calcifer, sendo um membro da corte, sempre conseguia entrar.
Vista de perto, a torre era ainda mais imponente. Erguendo-se majestosa, suas paredes de mármore brilhavam como um farol de conhecimento e poder. Calcifer sempre ficava abismado diante de sua grandiosidade. A torre, com seus intricados entalhes e janelas que refletiam a luz do sol, parecia tocar o próprio céu. Ele certamente levaria o loiro revoltado para passear e admirar a vista deslumbrante do alto da torre quando tivesse a oportunidade. A vista lá de cima revelava um panorama que rivalizava com qualquer maravilha do mundo, deixando todos que a contemplavam sem fôlego.
— Sr. Robber, não esperava vê-lo aqui tão cedo — disse Guilhermino, um dos guardas da torre. Ele era carismático e sempre educado, com um sorriso amigável . Eles tiveram um caso de uma noite alguns anos atrás, e desde então, Guilhermino não conseguia esconder sua atração por Calcifer. O elfo, Guilhermino era bonito, com cabelos vermelhos como lava de vulcões ativos, olhos negros como carvão e pele parda. Suas orelhas pontudas estavam adornadas com delicados ornamentos.
— Estava curioso sobre o que o Lorde Mark Lee anda aprontando — respondeu Calcifer, com um tom humorado e um brilho travesso nos olhos.
— Também venho me perguntando isso. Desde o incidente na Torre de Mármore, ele tem estado estranho. Acho que o julgamento de lá o afetou mais do que qualquer coisa. Para alguém que não é tão frio como deveria ser, ele está muito abatido — disse Guilhermino após pensar um pouco. Ele hesitou, ponderando se era certo falar sobre a vida alheia, mas a simpatia por Calcifer o fez compartilhar suas preocupações.
— Isso é estranho. Vou ver o que tem lhe atormentado tanto — disse Calcifer, encerrando a conversa com um sorriso e seguindo seu caminho rumo às grandes portas da torre.
Assim que entrou na torre, Calcifer foi imediatamente envolvido por um murmúrio constante que ecoava pelos corredores. Magos de baixo escalão conversavam em sussurros ansiosos, temendo serem usados como cobaias por Mark Lee. A atmosfera estava carregada de tensão e receio.
