Capítulo - 04

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O Porto de Pondores fervilhava de vida e atividade

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O Porto de Pondores fervilhava de vida e atividade. O cheiro salgado do mar misturava-se com o aroma de peixes frescos e o som constante das ondas batendo contra os cascos dos navios. Trabalhadores carregavam caixas e barris, suas vozes se misturando com o grito das gaivotas que sobrevoavam o local. As embarcações, grandes e pequenas, balançavam suavemente, ancoradas ao longo dos cais de madeira robusta, enquanto guindastes rangiam ao erguer e baixar cargas pesadas.

Hazael sempre achava intrigante como tudo funcionava em uma grande correria organizada, como um formigueiro incansável. Ele observava os marinheiros e estivadores, admirando a eficiência com que conduziam suas tarefas, mesmo durante as trocas de turnos.

Ao seu lado, Calcifer parecia absorto em pensamentos, os olhos observando o movimento frenético, mas claramente alheios a ele. Hazael sabia que algo estava incomodando o elfo. Mesmo que Calcifer não fosse do tipo que compartilhava seus sentimentos de imediato, Hazael tinha certeza de que, em algum momento, ele se abriria.

— Não sei ao certo se sinto o cheiro do ar salgado ou se é apenas cheiro de suor — comentou Calcifer, enquanto caminhava e observava as embarcações que balançavam suavemente.

— Talvez seja um pouco dos dois — respondeu Hazael, com um sorriso. — Queria ver o mapa élfico. Sei que não vou entender tudo, mas seria interessante ter uma noção da nossa jornada.

Calcifer parou de andar, soltando um suspiro antes de começar a mexer na pequena bolsa presa em sua cintura. Ele retirou cuidadosamente o mapa de dentro dela e o entregou a Hazael.

— Aqui está. Apenas tente não se perder nas inscrições antigas — disse o elfo, com um meio sorriso, observando Hazael abrir o mapa com cuidado.

Hazael olhava o mapa, sentindo-se mais confuso do que nunca. As linhas tortuosas e os símbolos enigmáticos que se espalhavam pelo pergaminho o deixavam perplexo, como se estivesse tentando decifrar um código indecifrável. Comparado ao seu meio-irmão Lester, ele se sentia completamente perdido.

Com um suspiro, ele levantou os olhos do mapa e encontrou Calcifer sorrindo para ele, os olhos do elfo brilhando com uma mistura de divertimento e paciência.

— Pobre humano, não consegue entender um mapa tão simples? — provocou o elfo, com o sorriso se alargando. Hazael sentiu seu rosto esquentar de vergonha enquanto Calcifer apontava para um lugar específico no mapa. — Aqui é a Ilha dos Corvos. Nela há um perigo significativo: monstros de aparência angelical.

Hazael, ainda envergonhado, pensou que o único "monstro" com uma aparência angelical era o elfo à sua frente.

— Não há beleza alguma que vai me impedir de bater nesses monstros — respondeu Hazael com determinação, entregando o mapa de volta para Calcifer.

Calcifer riu suavemente, sua voz cheia de carinho.

— É isso que eu amo em você, Hazael. Sua coragem.

O Elfo Que Não Queria Se Apaixonar | ⚣Onde histórias criam vida. Descubra agora