Algumas semanas após o término da missão, Hazael estava na sala do trono, imersa em um ambiente de luxúria e poder. O vasto salão era banhado por uma luz suave, refletida nas paredes de mármore escuro e adornado com tapeçarias que narravam antigas conquistas do reino. Guardas imponentes, armados até os dentes, estavam posicionados estrategicamente ao redor do trono, observando cada movimento com olhos atentos. Ao redor do rei Jason, várias concubinas dançavam de forma sedutora, movendo-se com graça e sensualidade, suas vestes fluindo ao som da música suave que preenchia o ar. Elas rodopiavam ao redor do monarca, suas risadas discretas mesclando-se com o som dos sinos e das joias que adornavam seus corpos, como se fossem parte de um espetáculo pessoal para o soberano.
No centro de tudo, o rei Jason, sentado em seu trono esculpido em obsidiana, exibia sua majestosa presença. Suas asas enormes, feitas de couro escuro como a noite e com textura semelhante à de um dragão, se erguiam imponentes às suas costas, estendendo-se com uma elegância assustadora. Sua pele negra brilhava sob a luz difusa, e sua beleza, apesar da aura de poder bruto, era inegável. Os Garudas, sempre presentes como guardiões alados, vigiavam do alto, enquanto as concubinas continuavam a dançar em um balé de tentação.
Hazael, de pé à frente do trono, estava em seu encontro para relatar o sucesso de sua missão. Ele manteve uma postura rígida e respeitosa, apesar do ambiente ao seu redor.
— Sir Queen, então Rugulos causou problemas novamente — perguntou o rei Jason, sua voz ecoando pela sala, como um trovão calmo.
— Sim, vossa majestade. Ele tentou contra a vida de vosso filho — respondeu Hazael, com um tom sério, seus olhos fixos nos do rei.
Jason suspirou profundamente, seus olhos dourados brilhando com uma mistura de exasperação e preocupação.
— Ah, o que faço com meu irmão... Mas, graças aos deuses, Casspion está bem — disse o rei, uma ponta de alívio evidente em sua voz antes de acenar com uma das mãos para Hazael. — Darei a você três semanas de folga. Aproveite o tempo para descansar.
Hazael se curvou em um gesto de respeito.
— Obrigado, vossa majestade — disse, endireitando-se novamente.
O rei Jason, com um leve sorriso no rosto, inclinou-se para a frente, suas asas se movendo lentamente ao seu redor como uma cortina viva.
— Seu irmão estava preocupado. Acho que seria bom você visitá-lo antes de aproveitar sua folga — sugeriu Jason, sua voz agora mais suave, mas carregada de autoridade.
Hazael assentiu, e com um último olhar respeitoso para o trono, já iria visitar seu irmão Demetri de qualquer jeito. Claro, esse reencontro também significava lidar com a presença de Zadiel, o que tornava o momento menos agradável. Ainda assim, iria ver o irmão mais novo.
O caminho até o palácio do príncipe herdeiro era longo, repleto de corredores grandiosos, com paredes adornadas por tapeçarias luxuosas e estátuas. Lustres de cristal pendiam do teto abobadado, refletindo a luz de velas imponentes que tremeluziam ao ritmo da brisa sutil. Guardas impecavelmente vestidos permaneciam a postos em cada canto, suas armaduras brilhavam sob a luz dourada.
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O Elfo Que Não Queria Se Apaixonar | ⚣
FantasyCalcifer Robber sempre enfrenta seus problemas com destreza, seja nas intrigas da corte de Hazop ou nas severas punições que enfrenta. No entanto, uma única preocupação tem perturbado sua mente: o belo e imprevisível cavaleiro real de Pondores, Haza...