Capítulo - 15

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A neblina que envolvia a ilha dos Corvos começava lentamente a se dissipar, embora ainda pairasse como um véu translúcido sobre as ruínas antigas, criando um cenário de mistério e inquietação

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A neblina que envolvia a ilha dos Corvos começava lentamente a se dissipar, embora ainda pairasse como um véu translúcido sobre as ruínas antigas, criando um cenário de mistério e inquietação. Hazael estava agora um pouco menos tenso, mas seu olhar atento continuava a varrer o ambiente ao redor, ainda em alerta constante. Havia algo na ilha que lhe causava desconforto — talvez o nevoeiro espesso que insistia em envolver tudo, ou as ruínas silenciosas e abandonadas que pareciam guardar segredos enterrados no tempo.

As pedras do antigo templo se erguiam como gigantes adormecidos, cobertas de musgo e rachaduras profundas, resultado da passagem de eras. Entre as colunas quebradas e o chão desigual, o grupo se reunia, cada um lidando à sua maneira com a estranheza do lugar. As árvores altas e desfolhadas formavam sombras longas, e o vento ocasional sussurrava entre os galhos, como se o próprio ar carregasse antigas histórias não contadas.

Casspion estava concentrado, seus dedos brincando com o amuleto da Fênix que pendia de seu pescoço. O objeto emitia um brilho azul fraco, pulsando levemente como se estivesse vivo. Reyna, ao seu lado, observava o amuleto com uma expressão de curiosidade e cautela, sem tirar os olhos do brilho enigmático.

Minjun Zang, por sua vez, parecia alheio ao cenário. A raposa estava sentada com as pernas cruzadas, olhando para o vazio, como se estivesse imersa em pensamentos profundos. Seus olhos semicerrados não demonstravam nenhuma emoção, até que Madeleine, curiosa como sempre, quebrou o silêncio:

— Seu nome que todos o chamam é Minjun Zang, mas... qual é o seu nome verdadeiro? — Ela inclinou a cabeça, tentando decifrar algo por trás daquele olhar distante.

A névoa ainda dançava ao redor do grupo, lenta e espessa, como um manto que teimava em cobrir a verdade daquele lugar. As ruínas, frias e úmidas, permaneciam como testemunhas silenciosas da conversa que se desenrolava entre eles. Minjun Zang, com um brilho distante nos olhos, parecia estar em algum lugar entre o presente e um passado que só ele conseguia ver.

— Pela primeira vez em 500 anos alguém me pergunta sobre meu nome de nascimento — começou Minjun Zang, sua voz não mais carregada de sarcasmo, mas de uma rara sinceridade. — É Qiu Zihao, significa "herói do outono". — Ele fez uma pausa, o vento brincando com as pontas de sua capa. — Mas prefiro Minjun Zang. É mais a minha cara... inteligente e de grande coração. — O sorriso que ele esboçou era sutil, quase melancólico, como se lembrasse de algo que havia sido deixado para trás há muito tempo.

Hazael ouvia em silêncio, suas mãos enfiadas nos bolsos, sentindo o peso da história que Minjun carregava. Ele já tinha lido sobre as lendárias raposas das estações: Li Chun, a raposa da primavera; Xia Zhi, a raposa do verão; Chen Dong, a raposa do inverno; e, claro, Qiu Zihao, a raposa do outono. O equilíbrio das estações repousava sobre os ombros dessas criaturas, mas agora, de todas elas, restavam apenas dois. Hazael já desconfiava que Minjun fosse Qiu Zihao, então a revelação não lhe pareceu tão surpreendente.

O Elfo Que Não Queria Se Apaixonar | ⚣Onde histórias criam vida. Descubra agora