Capítulo - 17

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Calcifer se sentia profundamente envergonhado enquanto permanecia deitado, seus olhos fixos no céu estrelado acima

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Calcifer se sentia profundamente envergonhado enquanto permanecia deitado, seus olhos fixos no céu estrelado acima. O frio da noite tocava sua pele, mas o que o incomodava mais era o peso da situação. Ele havia sido ferido — e pior, havia sido salvo por Lester, seu cunhado, alguém com quem ele jamais imaginara estar em dívida. A sensação de ter falhado o atingia com força. Sabia que, em missões como essa, o risco de ser ferido era real, especialmente com inimigos como Sandrone à espreita. Mas isso não tornava a sensação de fracasso menos amarga.

O vento suave soprava pela clareira, movendo as folhas de forma delicada, como se o próprio mundo estivesse tentando acalmá-lo. O brilho das estrelas refletia nas árvores altas ao redor, e o luar banhava a paisagem com uma luz prateada suave, transformando tudo ao redor em uma cena quase etérea. Hazael estava ao seu lado, e Calcifer se apoiava na presença tranquilizadora do namorado, ainda um pouco tonto pela batalha.

Ele se endireitou lentamente, tentando esconder a dor que ainda latejava em seu corpo. Seus olhos percorreram o grupo. Casspion estava a alguns metros de distância, seu olhar preocupado fixo em Calcifer. Eomer e Madeleine, as fadas feéricas, ainda pairavam ao redor, seus movimentos graciosos combinando com a leveza da brisa noturna. Reyna e Minjun Zang mantinham uma postura alerta, mas o cansaço já começava a se insinuar em suas expressões. Ao longe, Lester permanecia à parte, observando em silêncio, como uma sombra que sempre estava presente, mas raramente se misturava.

Calcifer limpou a garganta, forçando-se a colocar de lado seu desconforto. Ele sabia que, apesar de tudo, ainda havia muito a ser feito. A missão ainda estava longe de terminar.

— Precisamos ir para a caverna de cristal logo — ele disse, sua voz soando firme, mas ainda carregada de um cansaço que ele não conseguia disfarçar.

Casspion, com suas asas de dragão parcialmente abertas, deu um passo à frente, sua expressão era uma mistura de determinação e curiosidade.

— E como chegamos lá? — Casspion perguntou, seus olhos faiscando sob a luz das estrelas.

Calcifer respirou fundo, apontando com a mão para o horizonte, onde um imponente pico montanhoso se erguia, envolto em névoas. O ar ao redor do monte parecia vibrar com uma antiga energia mágica, como se algo poderoso estivesse à espreita.

— Vamos para a Garganta do Dragão — disse ele, sua voz carregada de uma determinação renovada. Seu dedo indicava o monte mais alto da região, cujas encostas escarpadas e picos cortavam o céu como lanças de pedra. A luz da lua iluminava as faces rochosas, destacando sua imponência. — Lá é o único caminho que nos levará à caverna de cristal. O tempo está contra nós, então precisamos ser rápidos.

O vento soprou mais forte, como se reforçasse a urgência nas palavras de Calcifer. Hazael sentiu um arrepio percorrer sua espinha ao olhar para o monte, sabendo que a jornada seria perigosa, mas confiando nas palavras de Calcifer. O cenário ao redor, com seu misto de beleza e ameaça, parecia um prenúncio do que os aguardava naquelas montanhas.

O Elfo Que Não Queria Se Apaixonar | ⚣Onde histórias criam vida. Descubra agora