Calcifer Robber sempre enfrenta seus problemas com destreza, seja nas intrigas da corte de Hazop ou nas severas punições que enfrenta. No entanto, uma única preocupação tem perturbado sua mente: o belo e imprevisível cavaleiro real de Pondores, Haza...
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O clima em Pondores era sempre agradável, com uma brisa suave e o sol brilhando no céu, mas Calcifer odiava esse reino. O que ele mais desprezava eram os cavaleiros; por culpa dos cavaleiros preguiçosos, Hazael tinha que fazer o trabalho por três.
Andando pelas ruas animadas de Pondores, o elfo se sentia meio acanhado, embora nunca demonstrasse isso. Seu orgulho não permitia. As ruas estavam lotadas de barracas de especiarias, vendedores chamando os clientes e crianças correndo em meio à multidão. Calcifer não era amante da culinária local, achava que os pratos careciam de tempero. No entanto, sua fome era tanta que estava à beira do desmaio.
Ele passou por barracas que vendiam frutas exóticas, pães recém-assados e carnes defumadas. O cheiro das especiarias era forte no ar, misturando-se com o aroma de flores frescas e ervas. Calcifer olhou ao redor, procurando algo que pudesse satisfazer sua fome. Finalmente, parou em uma barraca que vendia espetos de carne grelhada.
— Um desses, por favor — pediu, entregando algumas moedas ao vendedor.
Enquanto comia, Calcifer observava o movimento ao seu redor. Cavaleiros passavam a cavalo, armados e imponentes, conversando e rindo. Mercadores negociavam preços, e cidadãos discutiam sobre o clima e as últimas notícias do reino. Mesmo cercado por essa agitação, Calcifer não conseguia evitar sentir um desconforto persistente. Pondores nunca seria seu lugar favorito, mas ele tinha uma missão a cumprir, e nada o desviaria de seu objetivo.
Após terminar seu espeto, Calcifer respirou fundo, renovando suas energias. Ajustou suas roupas e seguiu em direção ao palácio, pronto para encontrar o príncipe Casspion e continuar com sua jornada.
Caminhando pelas ruas movimentadas de Pondores, Calcifer estava tão concentrado no enorme castelo à sua frente que só notou a presença de Yani quando ela falou:
— Acho que Hazael não vai gostar muito da surpresa.
A jovem senhorita usava trajes de treinamento esquisitos, mas elegantes, com um punhal na cintura ao lado de sua espada. Seu sorriso de canto era provocativo.
— Ah, que pena. Mas minha surpresa hoje é para o segundo príncipe, não para o lord Hazael — respondeu Calcifer, fingindo estar magoado.
— Sobre o que é essa conversa? — Yani perguntou, cheia de curiosidade, sabendo que Calcifer sempre vinha ao reino de Pondores para ver o “Queen” mal-humorado.
— É um assunto entre cortes — disse Calcifer, fazendo charme.
— Tá, eu sou dessa corte. Então, qual é o assunto? — insistiu Yani, olhando-o como se fosse óbvio.
— Receio que não posso te falar. Não é nada muito grave, só coisas burocráticas e leis da torre do grande mago — respondeu o elfo em um tom descontraído, mas mantendo a seriedade da questão.
— E desde quando um brutamontes como você sabe algo sobre assuntos de mago? Tem caroço nesse angu — provocou Yani.
Era de conhecimento geral que Calcifer não gostava de assuntos burocráticos.
