Capítulo - 08

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Assim como Demetri havia dito uma vez, Hazael não sabia ao certo como reagir a novas situações, mas possuía a habilidade inabalável de manter a calma e preparar um excelente chá

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Assim como Demetri havia dito uma vez, Hazael não sabia ao certo como reagir a novas situações, mas possuía a habilidade inabalável de manter a calma e preparar um excelente chá. Seria motivo de chacota se qualquer outro cavaleiro real descobrisse que o temível Hazael Queen fazia chá e crochê. No entanto, apenas sua irmã Charpeh sabia desse último detalhe.

Embora não detestasse o álcool, Hazael preferia evitá-lo devido a um trauma profundo causado pelo Conde Louco. Ele raramente falava sobre seu pai ou sua mãe, pois essas lembranças traziam à tona a dor do fato de que ambos já haviam tentado assassiná-lo, o que partia seu coração.

Mesmo sabendo que nenhum dos dois merecia sequer uma única oração ou um túmulo digno, Hazael foi, além de Lester, o único a pedir a Frederik que os enterrasse no memorial de sua família.

— Haz, não acha que a cidade por aqui é bonita? — Calcifer perguntava, arrastando Hazael pela cidade de Poe, os olhos brilhando de empolgação.

A cidade realmente era um encanto. As casas de pedra tinham um charme rústico, e as ruas, pavimentadas com pedras irregulares, exalavam uma elegância sombria. Lanternas de ferro forjado pendiam das fachadas, lançando sombras dançantes ao nascer do dia.

— É bem bonito, lembra bastante a cidade de Nova Vista em Pondores — respondeu Hazael, um sorriso nostálgico surgindo em seu rosto ao recordar a cidade híbrida de sua juventude.

— Nova Vista... Passei por lá uma vez. Bonita, mas não tanto quanto você, claro — disse o elfo, piscando para Hazael.

Hazael riu, balançando a cabeça.

— Soube que a princesa Savanna Chase está orgulhosa de seu casamento com Hilary — comentou, tentando lembrar o sobrenome da elfa de olhos cintilantes. — Acho que era Grace. Hilary Grace.

— Hilary Grace e Savanna Chase saíram para ver o mundo além de Poe, mas em breve voltam ao palácio real — contou Calcifer, empolgado. — Quando me casar, quero uma festa com muito vinho e música.

— Acho que está faltando o bife... ou quem sabe o noivo — brincou Hazael, dando um leve empurrão em Calcifer, que revirou os olhos, mas não conseguiu esconder o sorriso.

— Ora, seu bobo. O noivo eu já tenho — respondeu Calcifer, puxando Hazael para mais perto e depositando um beijo rápido em sua bochecha.

Hazael fingiu um suspiro dramático.

— Sorte a minha, então. Alguém tem que garantir que a festa tenha bife suficiente para alimentar todos os convidados e noivos exigentes.

Eles continuaram caminhando, rindo e trocando provocações, enquanto as luzes da cidade de Poe começavam a brilhar mais intensamente na noite que se aproximava.

Eles continuaram caminhando, rindo e trocando provocações, enquanto as luzes da cidade de Poe começavam a brilhar mais intensamente na noite que se aproximava

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Quando chegaram ao porto pela manhã, o sol ainda se erguia, tingindo o céu com tons de rosa e dourado. O ar estava fresco, carregando o aroma salgado do mar e o som suave das ondas quebrando contra os pilares de madeira. Gaivotas voavam em círculos acima, soltando seus característicos gritos.

Hazael logo avistou uma figura desavergonhada à sua frente. Minjun Zang, a raposa, estava ali, no meio do caos costumeiro do porto. Seus cabelos estavam presos de forma elegante com palitos ornamentados, deixando algumas mechas rebeldes caírem sobre sua testa. Seu rosto exibia uma expressão astuta, os olhos brilhando com uma malícia contida. Ele vestia um kimono azul escuro, quase preto, que contrastava com a vivacidade ao seu redor. Na cintura, uma pequena bolsinha de pano estava amarrada, provavelmente contendo seus pertences mais preciosos.

— Olha só quem está aqui — disse Casspion, um sorriso divertido surgindo em seus lábios.

Ao lado Hazael, Calcifer estava encantado com a vista, seus olhos percorrendo o cenário com admiração. Casspion, estava um pouco atrás, ajustando a alça de couro que segurava sua enorme espada nas costas. Reyna, estava próxima a ele, seus dedos delicadamente traçando símbolos no ar enquanto murmurava para si mesma.

Minjun virou-se lentamente, um sorriso largo se espalhando pelo rosto quando avistou Casspion.

— Ora, ora, se não é o nosso querido príncipe demônio. A cidade de Poe não seria a mesma sem você e sua trupe — disse Minjun, fazendo uma reverência exagerada, seus olhos brilhando com um toque de ironia.

— Minjun, sempre tão animado. O que você aprontou dessa vez? — Casspion riu, dando um passo à frente e estendendo a mão para Minjun.

— Apenas uma viagem de negócios — respondeu Minjun, piscando um olho. — E você, Casspion, o que tem feito?

— Estou atrás do coração do dragão primordial — disse Casspion, o que imediatamente chamou a atenção de Minjun.

— O coração primordial? — perguntou Minjun, com uma sobrancelha arqueada. — Me lembro da lenda, mas como você sabe que é real?

— O mago mais poderoso de todos os reinos me deu a localização. Tenho que ajudar um velho amigo — explicou Casspion.

— Minha ajuda geralmente não sai de graça. — Minjun Zang inclinou a cabeça, seus olhos brilhando com interesse.

— Para Demetri, você ajuda de graça — disse Hazael, lembrando-se de quando seu irmão pedia a ajuda da raposa para qualquer bobagem no reino de Ell. Minjun sempre ajudava.

— Demetri Queen é um amigo. — Minjun riu, um som leve e musical. — Já viu ir à casa de um amigo e não levar o pão do café da tarde?

— Qual é o seu preço? — perguntou Calcifer, curioso.

— O coração do dragão primordial, no auge de seu poder, pode realizar qualquer desejo. Me dê a chance de fazer o meu desejo — disse Minjun, com um olhar sério.

— Você é bem folgado — comentou Reyna, olhando-o com desdém.

— O que me diz, príncipe? — Minjun perguntou, encarando Casspion.

— Isso não deveria ser pedido ao emissário elfo? Afinal, ele é o líder da missão. — Casspion olhou para Calcifer e depois para Minjun.

— Elfo? — Minjun virou-se para Calcifer, surpreso.

— Bem, eu não tenho nenhum desejo a fazer. Mark Lee disse apenas para entregar ao seu verdadeiro dono, mas não disse como. — Calcifer sorriu calmamente.

— Temos um acordo, então — disse ele, caminhando em direção a um barco. — Minjun Zang abriu um largo sorriso.— O que estão esperando? A Ilha dos Corvos não virá até nós se continuarmos parados aqui.

— Certo, estamos indo — disse Casspion, começando a segui-lo.

Hazael deu uma última olhada ao redor do porto, onde a atividade estava a todo vapor, e depois seguiu os outros, sentindo que uma nova aventura estava prestes a começar.

Hazael deu uma última olhada ao redor do porto, onde a atividade estava a todo vapor, e depois seguiu os outros, sentindo que uma nova aventura estava prestes a começar

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O Elfo Que Não Queria Se Apaixonar | ⚣Onde histórias criam vida. Descubra agora