Capítulo - 06

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Ao chegarem no porto de Vealvid em Poe, Hazael ainda sentia o estresse da navegação pesada em seus ombros

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Ao chegarem no porto de Vealvid em Poe, Hazael ainda sentia o estresse da navegação pesada em seus ombros. Sete dias em alto mar, enfrentando tempestades e, mais recentemente, a ameaça de um Kraken, deixaram-no exausto. Ele lançou um olhar preocupado para Calcifer, relembrando como seu namorado inconsequente quase virou comida do monstro marinho.

O porto de Vealvid era uma mistura intrigante de serenidade e tensão. De longe, parecia um refúgio tranquilo, com enormes pinheiros se estendendo majestosos ao longo dos morros que cercavam a baía. A brisa marítima carregava o cheiro salgado do oceano misturado ao aroma terroso das árvores, criando uma atmosfera quase idílica. As águas do porto eram calmas, refletindo a luz dourada do sol poente como um espelho, mas Hazael não se deixava enganar por essa aparente paz.

Vealvid era a porta de entrada para Poe, a terra dos vampiros, ninfas, centauros  os chamados imortais. A cidade era conhecida por suas construções antigas, com pedras escuras e musgo cobrindo as paredes dos edifícios. As ruas de paralelepípedo estavam ladeadas por lanternas de ferro forjado, cuja luz suave começava a acender conforme o crepúsculo avançava.

Hazael sabia que aquela tranquilidade era apenas uma fachada. Ele sentia o peso dos olhares furtivos dos habitantes do lugar, as silhuetas silenciosas que espreitavam das janelas e das sombras. As histórias que ouvira sobre Poe o deixavam em alerta constante.

O cavaleiro sabia que as ninfas e os centauros eram os menos perigosos. Quem lhe dava calafrios eram os vampiros, os únicos que realmente podiam causar danos. Os vampiros podiam ser chamados de imortais, mas Hazael sabia que essa imortalidade tinha limites. Uma faca de prata, uma estaca bem colocada, e até mesmo o fogo eram os pontos fracos dos vampiros.

Enquanto caminhava pela doca, Hazael observava atentamente cada detalhe. As carruagens passavam lentamente, puxadas por cavalos negros e elegantes, seus cascos ecoando no silêncio da noite que se aproximava. O porto estava movimentado, com mercadores descarregando suas mercadorias e marinheiros descansando após longas jornadas. As vozes eram abafadas, e o murmúrio constante criava um fundo sonoro quase hipnótico.

Calcifer, apesar de sua aparente despreocupação, também estava em alerta. O elfo sabia que precisavam estar prontos para qualquer eventualidade. Ele trocou um olhar com Hazael, e ambos entenderam a necessidade de manterem-se vigilantes.

— Esse lugar tem um ar inquietante, não é? — comentou Calcifer, tentando aliviar a tensão com um sorriso.

Hazael assentiu, sem desviar os olhos do entorno.

— Sim, mas não podemos nos deixar levar pela aparência. Lembre-se, estamos na terra dos vampiros. Eles são tão perigosos quanto parecem.

— Tome cuidado — alertou Casspion, seus olhos varrendo o porto com cautela. — Estamos em território estrangeiro.

— Em tese, já estou há muito tempo — respondeu Calcifer, aproximando-se de Hazael com um sorriso despreocupado.

— Calcifer — chamou Hazael, sua voz carregada de reprovação. — Não é hora para brincadeiras.

O Elfo Que Não Queria Se Apaixonar | ⚣Onde histórias criam vida. Descubra agora