Capítulo - 10

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Já pisando na areia fria e úmida do cais deserto, Hazael observou o cenário sombrio que se desenrolava diante dele

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Já pisando na areia fria e úmida do cais deserto, Hazael observou o cenário sombrio que se desenrolava diante dele. A Ilha dos Corvos era ainda mais solitária do que ele havia imaginado. As rochas irregulares e escarpadas se erguiam como guardiões silenciosos, envoltas em uma neblina densa que parecia sussurrar segredos antigos. As árvores retorcidas, de galhos nus, se inclinavam ao sabor do vento, dando ao lugar uma aparência quase fantasmagórica. O ar estava pesado com o cheiro de sal e algas, e o som das ondas quebrando contra as rochas ecoava pela ilha, criando um ambiente misterioso e inquietante.

Hazael sabia que a Ilha dos Corvos era um lugar abandonado, mas a extensão do abandono o surpreendeu. A sensação de isolamento era palpável, como se eles tivessem atravessado uma barreira invisível para um mundo esquecido pelo tempo.

— Olha, aquela montanha mais alta é a Garganta do Dragão! Não é incrível? — Calcifer exclamou, apontando com entusiasmo para o pico mais alto que se erguia majestosamente na distância nebulosa.

Reyna olhou para a montanha e revirou os olhos, cruzando os braços.

— Incrível? Nós vamos ter que caminhar até lá! — disse ela, a indignação evidente em sua voz.

Minjun Zang, com seu habitual sorriso travesso, se aproximou e lançou um olhar astuto para Reyna.:

— Lady, se não me falha a memória, a senhorita não tem uma pedra de teleporte?

Reyna bufou, lançando um olhar irritado para a raposa.

— Tenho, sim. Mas como vossa alteza real disse, precisamos de discrição. Tanto Rugulos quanto Sandrone podem rastrear os traços da magia do teleporte! — explicou, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

— Ah, claro. Discrição. Quem precisa de conforto quando se pode caminhar por terrenos traiçoeiros e enfrentar perigos desconhecidos, não é? — Minjun deu de ombros, sem perder o sorriso.

— Ótimo, vai ser mais uma conquista para mim — Reyna disse finalmente, com um brilho determinado nos olhos.

Calcifer parecia entusiasmado, segurando o mapa com as mãos trêmulas de excitação. Ele estudou o pergaminho com atenção, seus olhos percorrendo cada detalhe antes de se aproximar de Casspion.

— Se pegarmos o caminho da esquerda, vamos passar perto do Poço dos Espíritos. Parece mais seguro do que o lado rochoso — sugeriu Calcifer, apontando para a rota no mapa.

— Bem, esse poço não parece ser de grandes problemas. Então, vamos por ele. — Caspion assentiu, seu olhar, avaliando a proposta.

Hazael, no entanto, sentiu um arrepio. Ele nunca gostou de espíritos, especialmente por ter um cunhado meio espectro.

Reyna percebeu a expressão preocupada de Hazael e não pôde deixar de provocá-lo.

— Quem sabe não vemos um de verdade? Seria interessante — disse ela com um sorriso malicioso.

O Elfo Que Não Queria Se Apaixonar | ⚣Onde histórias criam vida. Descubra agora