21. REVELAÇÕES - Parte III

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Mais revelações? O que será que vem por aí?

Só estejam preparados.

Boa leitura ❤

☆☆☆☆☆

SARAH POV

Depois da conversa com minha mãe, fui dar um banho em Lua e colocá-la na cama. Ela estava especialmente animada naquela noite e, depois de escovar os dentes e vestir seu pijama, se aconchegou sob as cobertas e olhou para mim com expectativa.

— Mamãe, você pode me contar uma história? — pediu Lua, com os olhos brilhando.

Sorri para ela, tentando afastar o peso do dia. — Claro, meu amor. Qual história você quer ouvir?

— A história da Feiurinha! — respondeu Lua prontamente. — Eu adoro essa história.

Me acomodei ao lado dela na cama e comecei a contar:

— Era uma vez, em um reino encantado, onde todas as princesas dos contos de fadas viviam felizes. Elas tinham suas histórias conhecidas por todos. Mas havia uma princesa chamada Feiurinha que, de repente, desapareceu. E o mais estranho de tudo, ninguém se lembrava da história dela...

Lua ouvia atentamente, seus olhos fixos nos meus.

Enquanto contava a história, observava o rosto de Lua se iluminar com cada detalhe. Quando finalmente adormeceu, peguei meu celular e mandei uma mensagem para Juliette, contando que finalmente revelei para meus pais sobre nós.

"Amor, finalmente contei para meus pais hoje", escrevi. "Meu pai não reagiu tão bem, mas minha mãe me deu apoio."

Em alguns minutos senti o celular vibrar com a ligação de Juliette.

"Estou tão orgulhosa de você, Sarará! Sabia que você conseguiria." Falou com seu tom de voz suave e alegre

— Obrigada, Ju. Seu apoio significa muito para mim. — Agradeci — mas meu pai está tendo dificuldade em aceitar — contei, triste.

"Ele vai entender com o tempo, amor. É um grande passo para todos. O importante é que você teve coragem de contar. E que agora você tem o apoio de sua mãe", ela disse, tentando me confortar.

Passamos um tempo conversando, e a voz suave de Juliette ao telefone trouxe um pouco de paz ao meu coração. No entanto, a culpa por ainda não ter revelado sobre Lua começou a me consumir novamente.

— Ju, eu te amo e seu apoio foi fundamental nesse processo. Eu só... eu só quero que tudo se resolva. — Falei, me referindo não apenas ao meu pai, mas também sobre o segredo que estava guardando.

"E vai, Sarah. Tudo vai se resolver. Só tenha paciência." Disse Juliette sem ter ideia do que eu estava me referindo de fato.

Nos despedimos e, mesmo exausta, rolei na cama tentando encontrar um sono tranquilo. As emoções do dia me deixaram agitada, e a preocupação com o que ainda precisava ser dito me mantinha acordada.

Na manhã seguinte, depois do café, Lua brincava no quintal com os cachorros enquanto eu lavava a louça.

Ouvi passos atrás de mim e me virei para ver meu pai, Evandro, entrando na cozinha.

— Podemos conversar? — perguntou ele, com seu jeito durão de sempre.

— Claro, pai — respondi, secando as mãos e sentando à mesa com ele.

Ele parecia pensativo, as rugas na testa mais profundas que de costume.

— Passei a noite acordado pensando no que você contou — começou ele. — Não entendo muito bem essa coisa toda, mas... quero que você seja feliz. Vou me esforçar para tentar entender.

A busca - Sariette Onde histórias criam vida. Descubra agora