32. INCERTEZAS

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NARRADOR POV

— Quem é Bonifácio? — Paola perguntou sem entender

— José Bonifácio Freire, mais conhecido como Boninho, o pai de Juliette Freire.

Paola ficou em silêncio, o impacto da revelação tomando conta dela. As peças do quebra-cabeça finalmente estavam se encaixando, e o quadro que formavam era mais sombrio do que jamais imaginaram.

— Então... Bonifácio estava envolvido no acidente que matou a mãe de Juliette? — Paola perguntou, ainda tentando processar a informação.

Helô assentiu lentamente.

— Sim. Precisamos investigar mais a fundo e descobrir exatamente qual foi o papel dele. Mas uma coisa é certa: nada é o que parece nessa história.

— Não podemos contar agora para Juliette. Precisamos investigar melhor qual o envolvimento dele nisso tudo.

— Vamos para o Rio de Janeiro, mais especificamente na mansão Freire onde Boninho se encontra — Helô decidiu, com determinação.

Enquanto isso, na casa de Sarah, a paz que elas sentiam era um contraste gritante com as novas descobertas que estavam sendo feitas. A verdade sobre Karol, Bonifácio e o acidente que tirou a vida da mãe de Juliette estava prestes a vir à tona, prometendo virar o mundo delas de cabeça para baixo mais uma vez.

Lua, ainda sentindo a saudade e a necessidade do conforto materno, pediu para dormir no quarto de Sarah naquela noite. Sarah, com um sorriso carinhoso, não resistiu ao pedido da filha e concordou.

A noite caiu suavemente sobre a casa, trazendo consigo um silêncio tranquilo e reconfortante. Sarah, Juliette e Lua deitaram-se juntas na cama, criando um ninho de amor e segurança. Juliette, percebendo que aquele era o momento perfeito, decidiu compartilhar com Lua uma parte importante de sua história. Lua, com olhos atentos e cheios de curiosidade, escutava cada palavra.

Juliette começou a falar, sua voz suave e cheia de emoção. A morena começou contando algumas histórias que viveu ao lado de sua mãe Fátima, e de como ela era carinhosa, atenciosa e divertida. Lua escutava atenta cada palavra.

— Quando eu vou conhecer ela, mamãe Ju? — Lua perguntou, fascinada com as histórias da vovó Fátima.

Juliette respirou fundo antes de continuar.

— Meu amor, preciso te contar algo sobre a vovó Fátima... — Juliette fez uma pausa, escolhendo cuidadosamente as palavras. — Quando eu era adolescente, a vovó Fátima sofreu um acidente de carro... e virou uma estrelinha. Ela mora lá no céu agora.

Lua olhou para Juliette com olhos brilhantes, e um suspiro triste escapou de seus lábios.

— Eu queria ter conhecido a vovó Fátima — lamentou Lua, sentindo a ausência de alguém que nunca conhecera.

Juliette sorriu carinhosamente e, com um gesto delicado, tirou de uma pequena caixinha um colar que guardava com tanto carinho.

— Tá vendo esse colar, meu amor? — Juliette mostrou o colar que Sarah manteve guardado por todos esses anos. — Foi mainha que me deu... a sua vovó Fátima, ela fez para mim quando eu tinha dez anos.

Lua observou o colar com admiração e ternura.

— É lindo, mamãe Ju, e é uma Lua! — disse Lua, tocando com cuidado no colar.

Juliette assentiu, os olhos brilhando com lágrimas contidas.

— Isso mesmo, meu amor. É um colar de Lua, e ele é seu agora. — Juliette estendeu o colar para a filha.

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⏰ Última atualização: Aug 03 ⏰

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