27. RESGATE

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Gente esse capítulo ficou enorme, quase 8 mil palavras, pensei em dividir, mas como preciso terminar algumas coisas do tcc, resolvi postar logo de uma vez.

Boa leitura e comentem bastante!

☆☆☆☆☆

NARRADOR POV

A tensão no apartamento de Juliette ainda era palpável. Enquanto aguardavam a chegada da detetive, Juliette tentou entrar em contato com Marta Calisto, mas parecia que a mulher não existia. Cada número discado, cada tentativa de localização resultava em fracasso. A ficha caiu de que Marta, sua advogada, também estava envolvida. Juliette começou a juntar todos os fatos: como Marta encontrou Lumena, como tentava manipular as respostas das testemunhas de Sarah. Ela se perguntava como, sendo uma advogada, conseguiu ser enganada por Marta Calisto tão facilmente.

— Eu também sou advogada, como pude ser enganada tão facilmente? Por que eu não desconfiei de nada? — Juliette questionava-se, a voz cheia de angústia e auto-reprovação. — Foi o Bil quem indicou ela, eu fui muito burra de confiar neles.

— Você não tinha como saber Ju, eles pensaram em tudo e até a Pocah confirmou que conhecia ela e ainda mostrou os casos que ela tinha ganhado — Giu comentou tentando confortar Juliette, colocando uma mão firme no ombro da amiga.

— Pocah... — Juliette falou mais para si mesma — Não...

Juliette foi direto para o quarto da mulher, ela se lembrou de como a amiga estava estranha na ligação e de que ela não estava em casa quando chegaram ao apartamento. Sentindo um pressentimento ruim, Juliette abriu o guarda roupa de Pocah e viu que todas as roupas dela e Toya, haviam sumido. O nervosismo tomou conta de Juliette. Sarah, observando a situação, lembrou de como Pocah ficou nervosa durante a audiência.

— Ela estava muito nervosa durante a audiência — comentou Sarah, tentando juntar as peças.

— Sim, tentei tirar algo dela, mas Marta impediu — concordou Gizelly.

Juliette começou a sentir medo. Será que sua amiga também estava envolvida? Elas precisavam entrar em contato com Pocah imediatamente. Juliette ligou para a amiga e, após algumas tentativas, Pocah finalmente atendeu.

— Pocah, onde você está? — perguntou Juliette, a voz trêmula. — Você sabe para onde levaram Lua?

— Juliette, eu... eu não sei onde eles estão. Só ouvi falarem sobre uma casa de campo ou algo assim — Pocah respondeu, a voz cheia de remorso.

Juliette sentiu um frio na espinha. Sua amiga sabia mais do que estava contando.

— Como você pôde fazer isso? — Juliette perguntou, sentindo-se traída.

— Eles estavam ameaçando Toya. Eu tive que fugir. Estou tão arrependida, Ju, me perdoa — Pocah confessou, a voz embargada.

— Desde quando você sabia? — Juliette perguntou com medo.

Pocah então começou a contar tudo o que sabia. Ela revelou que, naquela época, ela e Bil estavam tendo um caso. E na noite do ocorrido quando estavam voltando para casa, encontraram Juliette desmaiada com a bebê.

— Eu pedi para Bil buscar ajuda, mas ele ligou para Karol. E ela mandou ele se livrar da criança... eu tentei impedir, mas Bil disse que Karol mataria você e a minha família se eu tentasse interferir... a única coisa que consegui pedir foi que me deixassem perto de você, era difícil te ver sofrer, mas eu não podia deixar que te matassem... Eu não tive escolha, Ju. Tentei proteger você. Me perdoa — Pocah implorava, em lágrimas.

Juliette sentia seu mundo desmoronar. Parecia que todos em quem confiava estavam contra ela.

Sarah, furiosa, tomou o telefone.

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