23. AUDIÊNCIA

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Tô gostando bastante da interação de vocês.

Continuem assim e se preparem para os próximos capítulos.

Boa leitura ❤

☆☆☆☆☆

NARRADOR POV

Na manhã seguinte Sarah acordou profundamente desestabilizada. O peso da situação tornava-se cada vez mais difícil de suportar, e ela sabia que precisava buscar conselhos e apoio de seus amigos mais próximos.

Reunidos na sala de estar de Sarah, Kerline, Gil e Thaís ouviam atentamente enquanto ela explicava a descoberta de que Lua poderia ser filha de Juliette.

— Vocês não têm ideia de como isso está me afetando — continuou Sarah, com a voz trêmula. — Descobri que Lua pode ser filha da Juliette, e agora tudo parece um pesadelo.

Kerline foi a primeira a reagir, visivelmente revoltada.

— O quê?! Como Juliette pôde fazer isso com você? — exclamou Kerline, os olhos faiscando de raiva. — Ela não pode simplesmente tirar Lua de você!

Gil, embora confuso, também expressou sua indignação.

— Isso é uma loucura! — disse ele, alterado. — Juliette não pode fazer isso. Lua é sua filha, Sarah! — Ele estava claramente pensando em seu próprio filho adotivo e em como se sentiria caso tentassem tirar Nicolas dele.

Enquanto Kerline e Gil manifestavam suas preocupações e frustrações, Thaís, mais calma e ponderada, interveio.

— Esperem um pouco, pessoal — disse Thaís, levantando a mão para chamar a atenção. — Entendo que todos estão chateados, mas precisamos pensar também no lado da Juliette. Imaginem como deve ser para ela descobrir que sua filha, que foi arrancada dos seus braços, estava sendo criada pela pessoa em quem ela confiava, e quando Sarah descobriu, não contou a verdade mesmo sabendo do sofrimento de Juliette.

Sarah, já sentindo uma pontada de culpa, baixou a cabeça enquanto Thaís continuava.

— Sei que é difícil para você, Sarah, mas a Juliette confiava em você. Ela está sofrendo tanto quanto você agora. Pensem em como deve ser doloroso para ela descobrir que a filha que ela procurou por tantos anos estava tão perto e ela não sabia — explicou Thaís, a voz suave e compreensiva. — Não é justo para Juliette ficar longe da filha que tanto buscou, e nem para Lua nunca saber a verdade. Vocês precisam conversar como adultas, Sarah, pelo bem de Lua.

Gil, embora ainda um pouco alterado, começou a entender o ponto de Thaís.

— Acho que você tem razão, Thaís — disse ele, respirando fundo. — Todos estão sofrendo nessa situação.

Kerline, embora ainda revoltada, também pareceu entender um pouco mais.

— Talvez você tenha um ponto, Thaís — admitiu Kerline, relutantemente. — Mas ainda acho injusto o que estão fazendo com a Sarah.

Sarah, sentindo um misto de culpa e compreensão, prometeu a si mesma que tentaria entender melhor o lado de Juliette. Na verdade, ela já entendia, mas o medo e a insegurança a haviam paralisado.

— Eu vou tentar conversar com a Juliette — disse Sarah, determinada. — Precisamos decidir o que é melhor para Lua, mesmo que seja difícil para mim.

Ela observou Lua brincando despreocupada com Letícia e Nicolas, sentindo uma pontada de tristeza. Sabia que precisava tomar a decisão correta, não só para Juliette, mas também para Lua. A menina tinha o direito de saber que não foi rejeitada por sua mãe biológica e que sempre foi amada.

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