ATENÇÃO: Essa é uma história poliamorosa, lésbica e +18. Possui conteúdo sexual, incluindo práticas de BDSM. Para saber mais, consulte o primeiro capítulo.
Maitê nunca ousaria dizer em voz alta, mas tem alguém tirando seu fôlego nos últimos meses. P...
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As coisas ficam mais fáceis quando você tem mínima esperança que vai viver coisas melhores. Por exemplo, se você está em um lugar desconfortável e opressor, sua mente se apega a coisas boas e te ajudar a suportar qualquer estresse. "Olhe, você vai se divertir como se divertiu antes".
Eu não acredito 100%, mas depois de tanto tempo sem ter uma luz no fim do túnel, valorizo esses momentos.
No domingo, estou preparada para uma noite habitual. O culto acaba às 10, mas meus pais adoram ficar lá por mais tempo, conversando com os seus — famílias idênticas às nossas. Quando temos dinheiro o suficiente, terminamos em uma pizzaria comendo pizza sem gosto.
Não me importo.
Sentada em um dos últimos bancos da igreja, minha mente nem ao mesmo está aqui. Não, ela está totalmente focada em uma mulher bonita e requisitada. Charmosa, educada e com os olhos de quem vai te devorar. Os pensamentos deslizam pela sua gentileza, seus toques e o modo como ela intensificou a sensação de ser desejada.
Uau.
Eu nem sei o que o pastor está dizendo, pensar nos últimos dias é acalmar um pouco a mente. É ter um pouco de esperança de ter que vir aqui, fingir ser uma pessoa que não sou, é algo passageiro. É, eu definitivamente não pertenço a esse lugar. Ninguém que pertença está pensando em quão bom é uma mulher te masturbando.
Sorrio fraco só de pensar.
Posso sobreviver mais uns dias em casa.
— Alexia? — Lira toca meu ombro.
É o momento que o culto acaba e as pessoas menos sociáveis (normais) vão embora. Eu ainda tenho pelo menos trinta minutos aqui. Não só hoje, mas sempre tento me manter alguém em cima do muro: falo o suficiente para não ser a pessoa calada que outros fieis irão cochichar entre si. Mas também tento não dar muita corda, principalmente para os homens.
— Oi, aconteceu alguma coisa? — Sorrio, apenas para gerar normalidade.
Mas a forma como ela me olha dá o primeiro sinal que eu não preciso me esforçar para tal.
Com um sinal e eu a acompanho até o banheiro. Vazio, eu me encosto em uma das pias tentando manter a expressão para não ser denunciada. Não fiz nada, então não preciso me desesperar com nada. Ponto. Não se denuncie.
— Você. Você tá jogando no lixo tudo o que a nossa família fez pela sua criação. Você tá andando com duas sapatonas na universidade como se ninguém fosse perceber.