Cap 13.

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Como OWEN pode fazer isso comigo? Ele não faz ideia do que eu podia ter no meu celular! E se eu não tivesse nada salvo na nuvem?!.

De repente, meu estômago ronca de fome. Quando olho para o relógio, vejo que já passou do meio-dia. Abro o armário e olho as caixas de cereal sem vontade.

- Eu posso fazer um almoço pra nós.     -dou um pulo de susto.

- Qual é o seu problema?! Não chega de fininho quando eu estou puta com você!.

- Quando você tá puta comigo?.

- Sim. Eu não tô nem um pouco feliz com você, então vaza.

- Então. .. você não quer que eu faça o almoço?.    -meu estômago ronca novamente.

Que saco, tô com muita fome. ..

- Eu nunca disse isso. Eu só te disse pra sair.    -ele ri.

- O que você acha de frango agridoce refogado?.

- Eu nunca comi isso antes.

- É uma das minhas especialidades.

- Ah, é?.   -meus olhos se fixam nele, e eu o vejo sorrindo.

Meu coração quase para com o que vejo. 
Ele é muito gato. Especialmente quando sorri.

- Ainda tá brava comigo?.

- O que você fez não foi legal. Sabe disso, né?.          -ele suspira e coloca a mão atrás do pescoço.

- Talvez eu tenha exagerado. Eu só estou tentando te proteger.

- Eu entendo, mas existem formas melhores de fazer isso. Você não precisava destruir o meu telefone e queimar tudo na minha frente.

- Aquilo foi um pouco pesado, eu sei. Deixa eu compensar, tá? Vou preparar meu frango agridoce refogado e depois você pode me dizer se ainda está com raiva de mim.

- Não é tão simples assim, Owen.

- Eu não posso deixar nada acontecer com você. Ouvir que eu esqueci de um detalhe tão importante me pegou de surpresa. Eu realmente não estava tentando te magoar, Idalia. Entendo porque você ficou com raiva de mim. .. Eu só queria saber como resolver isso.

- Eu aceito suas desculpas. Me desculpa por não ter percebido que o meu celular podia ser usado pra me rastrear.

- Eu devia ter checado ele com você antes de a gente sair. Me desculpa por te ofender.

- Não sei como você descobriu o meu ponto fraco tão rápido.

- Ponto fraco?.

- Comida é o meu ponto fraco.    -o alívio em seu rosto fica evidente.

Ele da meia-volta e começa a tirar os ingredientes da geladeira.

- Ah, Owen?.

- Sim?.     -eu vou até ele e dou um beijo suave em seu rosto.

- Obrigada por cuidar de mim.

Suas bochechas ficam vermelhas quando ele me olha pensativo, perdido e sem palavras.

Me sentindo confiante, decido repetir o beijo. Me aproximo lentamente, dando tempo suficiente a ele para se afastar, e ele não se afasta. Quando nossos lábios se encontram, nossos olhos se fecham automaticamente, e eu o ouço derrubar a sacola de cenouras que ele estava segurando.

As mãos dele, livre agora, seguram o meu rosto suavemente. É um beijo sedutor, intoxicante. Meu corpo todo começa a formigar quando a língua dele encontra a minha. Conforme nossas bocas se ocupam uma com a outra, eu coloco meu braço em torno dele e o puxo para mais perto.

Ficamos parados ali, nossos corpos alinhados, perdidos no desejo e anseio. Nossos beijos começam a ficar mais apressados e cheios de paixão. Quando os meus joelhos quase cedem, Owen  me ergue e me coloca sentada no balcão da cozinha, abrindo minhas pernas para facilitar o acesso.

Meu coração acelera, ele morde meu lábio inferior para me provocar, e eu não consigo segurar um gemido. A necessidade que eu tenho desse homem supera qualquer outra, e me deixa tonta. Sem chão. E eu quero mais e mais.

Quando meu joelho roça o volume dele, eu o ouço xingar baixinho. Um segundo depois, ele se afasta, e nós tentamos recuperar o fôlego.

- Idalia. .. Eu. ..   -salto do balcão, ainda um pouco zonza. Pego as sacolas de cenouras caídas  do chão e dou para ele.

- Vou deixar você trabalhar, Chef Owen. Só me avisa quando o almoço estiver pronto.     -passo perto dele e vou em direção a sala.

O Owen ficou sem palavras. .. Esse tipo de Owen que eu quero ver mais vezes.

Uma hora depois. ..

- Onde você aprendeu a fazer isso? Tem um sabor incrível!.

- Quando se mora sozinho pelo tempo que eu tenho morado, é preciso aprender a cozinhar.

- Eu quase te invejo. Quando eu era criança, a minha família tinha Chefs preparando as nossas refeições ou jantávamos em restaurantes exclusivos. A comida era ótima, mas o máximo que eu aprendi foi a fazer coisas básicas, como panquecas. Infelizmente, acho que nunca usei o fogão na minha própria cozinha.

-  Mas é uma vida tão ruim assim?.

- Há suas vantagens. Eu costumava amar a minha vida. .. mas agora vejo que não é a melhor pra mim.

- O que te fez mudar de ideia?.

- Sinceramente, estar aqui. Tem algo de encantador em dormir com fogo na lareira na sala. .. Ter que preparar as próprias refeições em vez de pedir o cardápio. .. Acho que eu gostaria de viver esse tipo de vida.

- Comigo?.

- Claro. Qual seria a pior coisa que poderia acontecer? A gente se ver pelados de vez em quando? Eu posso viver com isso.

Os olhos cinzentos dele se fixam nos meus. .. e fica óbvio que nós dois estamos lembrando do ocorrido no chuveiro. Ele levanta de repente da mesa.

- Esqueci que tinha planejado concertar minha moto hoje.

- Agora? Mas você não disse que ela estava boa?.

- Da pra melhorar.

Ele sai pela porta da sala e vai para fora.

Porque ele reagiu assim? Eu só estava brincando com ele!.

Enquanto me sento, perplexa com a reação bizarra dele, um pensamento me ocorre de repente.

Ele morou sozinho por um bom tempo. Será que ele não está frustado quanto eu em relação ao sexo? Talvez ele tenha tido uma ereção e saiu para que eu não notasse.

Se for esse o caso, talvez ele só precise de um empurrãozinho para passar dos limites que marcou entre nós. ..

Owen BodyguardOnde histórias criam vida. Descubra agora