Cap 20.

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- Ali está escrito que eu fui declarada morta?!.

- Deve ser um engano.

- Owen, aquilo é um saco pra corpo!.

"Era cedo de manhã quando os restos de uma jovem foram encontrados ao lado de um prédio abandonado. Dois corredores notaram o corpo e imediatamente ligaram para os serviços de emergência. Embora tenha sido relatado que ele foi queimado e não dê para reconhecer, a mulher supostamente usava um anel de casamento na mão esquerda. Apenas uma hora atrás, o Senador Epifânio Vargas identificou o corpo como o de sua agora falecida esposa, Idalia Vargas. A esposa de Sr. Vargas, havia desaparecido poucos dias antes de. .."

- Desliga, isso!! Por favor, desliga!.    -owen pega o controle remoto da mesa e desliga a TV rapidamente.

- Ei, olha pra mim.

- Não posso!.

- Respire fundo.

- Owen, eu. ..

Ele gentilmente pega minhas mãos com as dele e esfrega círculos suaves nas palmas das minhas mãos com os seus polegares. Eu dou o meu melhor para fazer a respiração ficar como a dele, mas meu coração continua acelerado.

- Tem que existir alguma explicação pra isso.

- Porque o Epifânio faria isso, Owen? O que a gente ganha com isso? Dizer que eu fui sequestrada é uma coisa, mas morta?!.

- Não sei o que está acontecendo, mas vou chegar ao fundo disto. Talvez pode ser que tenha outra ameaça e a gente não sabia?.

- Outra ameaça?

- É possível que ele achasse que não tivesse outra escolha.

- Não tivesse outra escolha se não me matar? Nem pensar! O Epifânio teria nos dito se tivesse que tomar medidas tão drásticas.

- Bom, quero ouvir uma explicação logo. .. porque não estou gostando disso.

- Não só você. Toda essa situação está muito estranha. Afinal, um corpo de verdade foi encontrado. Pode ser que tenham se confundido com a identidade. .. só que a mulher estava usando o meu próprio anel de casamento!.

- Isso me lembra de uma coisa. O seu anel não está aqui? Eu vi você usando ele esses dias.          -meus olhos vão para meus dedos nus, agora sem a aliança.

- Eu tenho dois. O Epifânio perdeu eles antes do casamento, então encomendou outro par. Só que aí ele encontrou uma semana depois. .. e deve ter usado um deles.

- É possível.

- Enfim, não entendo como toda essa farsa serviria para me proteger. É possível que ele tenha. .. matado alguém?.       -será que o Epifânio iria tão longe assim?.

- Sei lá. Eu. .. não sei do que o seu marido é capaz, Idalia.

- Pra ser sincera. .. nem eu sei.      -nós dois olhamos para baixo.       
- Todo mundo acha que eu estou morta. Meus vizinhos, meus amigos, minha família.

Owen percebe a mudança no meu comportamento e seus lindos olhos cinzentos se concentram no meu rosto.

- Idalia. ..

- Eu não posso mais sair dessa, você percebe isso, né? Todas as minhas finanças, meus pertences, até a minha casa. .. Não são mais meus. Tudo pertence ao Epifânio.

- Não, não pertence. Isso é algo temporário. Vou entrar em contato com ele e ele vai explicar tudo.

- Como você pode ter tanta certeza?.

- Porque eu vou obriga-lo.      -owen endurece o olhar, mas quando ele me olha, amolece de novo.       
- Não desista assim tão fácil.        -ele abre bem os braços, e eu derreto em seu abraço reconfortante.

Mesmo com todas as coisas caóticas acontecendo na nossa volta, isso é o mais seguro que já me senti. Ele beija minha testa e eu aproveito para me aconchegar em seu peito.

- A gente vai superar isso, viu? Vou entrar em contato com ele de algum jeito, e vamos resolver isso.      -eu franzo a testa e me afasto.

- E se ele não responder?.

- Então vou continuar tentando até que responda. Olha, que tal se eu fizer algo pra você comer? Você está estressada.

- Acho que eu não vou conseguir comer nada agora.

- E que tal chá, então?.

- Certo, pode ser.

Ele pega um cobertor de lã no encosto do sofá e coloca em minhas pernas enquanto estou sentada no sofá.

- Descansa. Eu já volto.

Quinze minutos depois, quando tomo um gole do meu chá, Owen volta para a sala e joga o celular na mesa.

- Liguei pro celular dele, pro telefone residencial da casa, pro número do escritório e até pra recepção. Ninguém atende.

-Que novidade.       -encolho os ombros.       
- Eu me pergunto se o Epifânio disse pra minha família e pra minha amiga Hannah que isso não era verdade. Mas tenho as minhas dúvidas. Provavelmente estão devastados com a minha morte e não posso falar com eles. E mesmo se eu pudesse, meu medo é que o meu Pai tenha um ataque cardíaco assim que ouvir a minha voz.         -owen pega minha mão na sua.

- Eu não vou deixar você ficar sentada aqui pensando bobagem o dia todo. Vou te levar em algum lugar.

- Onde?.

- Você vai ver.

Owen BodyguardOnde histórias criam vida. Descubra agora