Cap 21.

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A brisa suave e fresca faz meu cabelo levantar e dançar ao vento.

Fecho os olhos e inspiro profundamente.

- Uau. É tão bonito aqui.

Owen sorri para mim

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Owen sorri para mim.

- Um pouco de ar fresco sempre me ajuda a clarear as ideias. Tá se sentindo melhor agora?.

- Por mais surpreendente que pareça, sim. Limpar a mente é exatamente o que eu precisava.

- Fico feliz em poder ajudar.

- Como você descobriu esse lugar?.     -owen ri, e eu olho para ele curiosa.

Owen_ É uma história engraçada. Foi totalmente por acaso. Eu estava brincando no quintal da cabana quando ouvi a minha mãe começar a gritar o meu nome. Mas não foi um daqueles gritos tipo "Owen! Vem pra dentro, querido!". Foi mais um do tipo, "Owen! O que você fez?!".

- Quantos anos você tinha?.       -ele fez uma pausa, pensando por um minuto.

- Eu devia ter uns sete ou oito anos de idade. Então, depois que ouvi o meu nome, sabia que ela tinha encontrado os pedaços da caneca que eu quebrei e varri pra baixo do armário.        -eu rio e ele me dá um sorriso.

- Porque você fez isso?.

- Pra esconder as provas, claro. Era uma das canecas de café favoritas da minha mãe.

- Que garoto mau. O que aconteceu depois? Você fugiu?

- Pode apostar que sim.

- Ah, para com isso. Ela não podia ser tão assustadora assim.

- Idalia, quando aquela mulher olhava para você, não importava o que tinha feito, você corria o mais rápido que pudesse. A decepção dela era pior do que balas.       -ele ri.      
- Enfim, acabei virando numa estrada que normalmente não andava e meio que me deparei com esse lugar. Virou um santuário pra mim. Sempre que eu precisava me afastar ou queria um tempo sozinho, era para cá que eu vinha.

- Bom, obrigada por me trazer aqui. Significa muito que você tenha compartilhado um lugar tão especial comigo.

- Sem problemas. Fico feliz que alguém possa aproveitar ele também.

- Eu estou até meio surpresa de como me ajudou tanto.       -ele me lança um sorriso.       
- Então, sua mãe nunca te encontrou aqui?.

- Nunca, mas ela não me procurava muito. Se eu ficasse fora o suficiente, ela acabava se acalmando.

- Seu Pai nunca se meteu pra ajudar?.

- Sempre fomos só eu e a minha mãe. Eu nem sei quem é o cara. Ela nunca me falou.

- Ounn. ..

- Não é tão triste assim. Eu cresci sem ele, então nunca senti que faltava alguma coisa. Minha mãe pode não estar mais aqui, mas sempre foi o suficiente pra mim.

Quando ele vê a pergunta nos meus olhos, me dá um sorriso triste.

- Ela faleceu há três anos.

- Eu sinto muito.

- Tá tudo bem. Já faz um tempo.         -traço os meus dedos nos dele e suspiro. Owen aperta a minha mão e eu descanso minha cabeça em seu ombro.

Ficamos assim por mais algumas horas, batendo um papo e nos abrindo sobre momentos felizes do nosso passado. ..

Depois, Owen se levanta e se estica.

- Acho que nós devíamos voltar antes do sol se pôr. Pronta pra ir?.

- Acho que sim. Obrigada de novo por me trazer aqui. Eu estava precisando disso.        -ele acena com a cabeça, e depois vamos até sua moto.

Quando chegamos a moto, noto um homem caminhando na estrada em nossa direção. Ele está carregando uma vara de pescar com uma caixa de equipamentos e não demora muito para que nos note.

Ele acena para nós, mas o Owen não reage.

- Conhece ele?.

- Quem?.

- Aquele homem.       -o homem acena de novo.       
- Parece que ele conhece você, não?.        -owen não responde.

Em vez disso, ele liga a moto e me dá um capacete para colocar. O homem parece acelerar o passo quando sente que estamos prestes a sair.

- Owen? Você ouviu o que eu disse?!.        -antes que eu possa perguntar de novo, ele acelera o motor e dispara.

Não tenho escolha a não ser me agarrar a cintura dele enquanto nos afastamos em direção a cabana.

Desde que voltamos para a cabana, Owen ficou estranhamente quieto. Eu tentei iniciar uma conversa com ele algumas vezes, mas ele não me deu muita abertura.

Noto ele voltando para dentro com os ombros caídos e a boca emburrada.

- Ei, você tá bem?.

- O que?.

- Você parece. ..      -há um olhar assombrado em seus olhos e ele solta um suspiro trêmulo.

Eu só quero conforta-lo, mas não sei bem o que fazer.

- Você sabe que pode conversar sobre qualquer coisa. Tem alguma coisa te incomodando?.

- Sim. .. não. .. Sei lá. Não é algo que eu gosto de lembrar.

- Tem algo a ver com o homem que a gente viu hoje? Aquele que acenou pra você?.

- Na verdade, sim.        -ele solta um suspiro profundo.       
- Eu quero te contar, de verdade. .. só não quero que você me olhe diferente depois disso.

Será que é tão ruim assim?.

- Eu nunca ia te olhar diferente, Owen. Sei que a gente não se conhece há muito tempo. .. mas tenho certeza que sei que tipo de pessoa você é. E quero te conhecer ainda mais. Então fala comigo, Owen.

- Eu não sou a pessoa mais falante, caso você não tenha notado. É difícil pra mim me abrir.

- Acho que você tá indo muito bem.         -ele suspira e olha pra mim.

- Aquele homem que a gente viu hoje. .. Eu não o conheço pessoalmente, mas é alguém do meu passado. ..

Owen BodyguardOnde histórias criam vida. Descubra agora