Cap 15.

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Na manhã seguinte, entro na cozinha e encontro o Owen já tomando café.

- Bom dia.

- Bom dia.    -ele está encostado no balcão e imediatamente me oferece uma xícara de café.

A lembrança dele ontem a noite, gemendo meu nome várias vezes, coloca um sorriso nos meus lábios.

- Você parece bem alegre hoje.

- É porque eu tive um sonho muito maravilhoso.  Mas tenho certeza que você sabe como é, né?.

- Como assim?.

- Com certeza você se lembra.

- Lembro do que?.

- De ontem a noite? Você repetiu o meu nome várias vezes.     -seus rosto fica bem vermelho.     
- Deve ter sido um sonho bom demais. Fiquei até curiosa, o que exatamente eu estava fazendo com você?.

- Desculpa, não era pra você ouvir isso. ..

- Não precisa pedir desculpas. Adoraria ouvir você gemer o meu nome de novo.      -owen suspira.

- Idalia, tenho certeza que você sabe que a nossa relação está virando tudo, menos profissional. Talvez fosse melhor se a gente não passasse mais dos limites. Já fiz o café da manhã, então pode se servir quando quiser. Vou estar lá na rua se você precisar de mim.

- Espera!.    -ele se vira para mim, com o rosto sem expressão.     
- Eu adoraria sair hoje. Você acha que seria possível? Eu sei que tecnicamente eu sou uma pessoa desaparecida. .. Mas eu me sinto tão presa nessa cabana.

- Você pode ser reconhecida.

- Não tem nada que a gente possa fazer pra mudar um pouco a minha aparência? Eu posso pensar em algo.    -owen não leva muito tempo para amolecer com o meu rosto implorando.

- Na prateleira de cima do closet de roupas de cama, você vai encontrar alguns tipos de cabelos orgânicos, perucas, e alguns trecos, você pode inventar alguma coisa. Mas tem que ficar diferente, irreconhecível, aí a gente pode ir em algum lugar hoje.

- Sério?!.

- Eu imaginei que alguma hora você iria querer explorar a cidade.

- Owen!.    -eu pulo para frente, e jogo meus braços em volta dele. Ele para e não demora muito para que gentilmente me afaste.

Disfarço meu desapontamento e sorrio para ele.

- Muito obrigada. Você não sabe o quanto isso significa pra mim.

- Estarei lá fora quando estiver pronta. Vamos levar minha moto pra cidade. Você já andou numa moto antes, né?.     -antes que eu possa responder, o celular de Owen toca, ele olha para baixo e puxa do bolso.     
- É o Epifânio.       -ele vira a tela do celular na minha direção para que eu possa ler as mensagens também.

Epifânio:   Sr. Garcia, qual é o problema?.

Epifânio:   A menos que seja por emergência, evite de me deixar mais mensagens na caixa postal daqui em diante.

Epifânio:   Seu trabalho é manter minha esposa segura e não me incomodar com detalhes desnecessários.

Epifânio:   Entendeu?.

Olho para Owen e vejo seus olhos se estreitarem em aborrecimento. Ele digita uma resposta de uma palavra e coloca o celular de volta no bolso.

- Bom, pelo menos agora tenho certeza que você não me sequestrou.      -ele tenta esconder um sorriso antes de sair da sala.

Entro no quarto e olho as opções de cabelos orgânicos que Owen comprou pra mim.

Acho que já estava na hora de mudar um pouquinho.

Faço tranças box braids longas, e procuro roupas agora. ..

Depois de me trocar, ouço o som da moto acelerando do lado de fora do chalé e vou em direção a saída

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Depois de me trocar, ouço o som da moto acelerando do lado de fora do chalé e vou em direção a saída.

Hora de ver o que essa cidade tem a oferecer.

Quando saio pela porta, vejo Owen parado ao lado de sua moto.

Meus olhos vão dele, para o veículo. Caminho até ele com entusiasmo evidente no meu rosto.

- Eu posso dirigir? Sempre tive vontade.

- Não.

- Por favor?.    -ele me dá um sorriso largo.

- Talvez na próxima. Você não pode usar o GPS sem um telefone, consegue?.

- E de quem é a culpa?.    -ele pega um capacete e coloca cuidadosamente na minha cabeça, ele ajusta, depois levanta a viseira para que o ar bata em meu rosto.

- Segura firme, tá?.    -eu aceno.

Owen sobe na moto e depois se vira para mim com a mão estendida.

- Pronta?.

- Certo.

Subo na moto, ele puxa as minha coxas mais para frente para que eu fique encaixada em suas costas. Ele coloca o capacete dele acelera o motor de novo, o som é quase ensurdecedor, mas me enche de adrenalina.

- Vai ser barulhento, então é só tocar nas minhas costas se precisar que eu pare ou diminua a velocidade, tá?.      -ele vira a cabeça até ver meus olhos.
- Preciso que você confirme, Idalia.

- Você confia em mim?.     -eu o encaro com uma expressão séria.

- Com a minha vida.     -a minha resposta parece pegá-lo de surpresa. Os lábios dele se entreabrem e ele busca respostas nos meus olhos.

- Você foi mais confiante do que eu esperava.

- É o que eu sinto. Você me protege, cuida de mim, sempre pensa na minha segurança em primeiro lugar. .. Como eu poderia não confiar em você?.

- É o meu trabalho, Idalia.

- Eu sei. Mas esse trabalho é realmente a única razão de você estar fazendo tudo isso? Aceite, Owen. Você se importa comigo.

- É claro que eu me importo com você.      -fico surpresa com sua resposta. Ele se vira na moto para olhar para mim.  
- É difícil não desenvolver algum tipo de relacionamento cordial com uma cliente nesse tipo de situação. Você é a única pessoa que eu vejo no momento.

- Então. .. eu sou só outra cliente para você? Quando toda essa palhaçada acabar, as coisas vão simplesmente voltar a serem como eram antes?        -minha voz fica mais baixa, com um toque de tristeza.      
- Nós não vamos se quer manter contato?.

- Eu nunca disse isso, Idalia. Mas, depois que tudo tiver acabado, você pode decidir que prefere esquecer de todo esse drama. Inclusive de mim.       -os olhos dele não se desviam do meu, e eu sei que ele está falando a verdade.

- Eu jamais conseguiria esquecer de você, Owen.       -ele sorri, mas não com os olhos.

- Agora, vamos. Segure firme.

Owen BodyguardOnde histórias criam vida. Descubra agora